Londrina

UEL amplia vagas para condenados prestarem serviços

03 mar 2008 às 11:29

A partir do mês de março, a UEL deverá ampliar o trabalho de apenados registrados no Patronato Penitenciário de Londrina. Uma instrução de serviço vai regular a seleção e acompanhamento de pessoas condenadas pela Justiça a serviços voluntários em entidades assistenciais e órgãos públicos.

Atualmente o Patronato registra 1.464 pessoas nestas condições, egressos do sistema penitenciário e casos de réus primários condenados a penas alternativas (menores de quatro anos), por meio de serviços comunitários.


Hoje 35 pessoas fazem algum tipo de atividade voluntária junto a UEL, número que deverá ampliar a partir de um acompanhamento mais próximo destes casos. A iniciativa partiu da UEL, por ocasião de uma visita do reitor, Wilmar Marçal, ao Patronato. A proposta era aumentar a integração da Universidade com o projeto e suprir parte da sua necessidade de mão de obra especializada em várias áreas.


Nesta semana, o Serviço de Bem Estar à Comunidade (Sebec) envia a todas as unidades da UEL um documento onde as chefias poderão solicitar um prestador de serviço comunitário. O documento aponta a necessidade de cada órgão e o perfil desejado. Segundo o diretor do Sebec, professor Osvaldo Yokota, a legislação prevê que os apenados dediquem no máximo seis horas semanais. A expectativa é de que a UEL possa contar com serviços de várias áreas, desde administrativos até de profissionais com nível superior.


"A UEL desta forma cumpre a sua função social e pode ser beneficiada com o trabalho de pessoas especializadas", afirmou Yokota. Segundo o diretor do Sebec, os trabalhadores voluntários que necessitarem se deslocar ao Campus deverão contar com transporte gratuito, já que pelo interesse público, a UEL concederá passes de ônibus para ida e volta.


O diretor do Patronato Penitenciário, Tadeu José Migoto, explicou que as condições que visam facilitar o acesso ao trabalho voluntário vem ao encontro do que defende o órgão. "Nosso objetivo é sempre no sentido de que a pessoa cumpra a sua pena", afirmou ele, citando que a finalidade do programa é sempre de reinserção social e de aplicações de medidas sócio-educativas. Neste caso, entende ele, a sociedade acaba beneficiada porque, através de um trabalho voluntário, os custos são reduzidos e a tendência de recuperação do apenado é muito maior.

Agência de UEL


Continue lendo