Uma pesquisa do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Londrina (UEL) alerta sobre doenças e a proliferação de ratos em várias regiões de Londrina.
De acordo com reportagem da rádio Paiquerê AM, o estudo realizado por estudantes e professores da UEL mostra que além da bactéria causadora da leptospirose, vários outros microorganimos causadores de doenças nocivas ao homem, que são as zoonoses, foram encontrados em 180 ratos.
Os roedores foram capturados em 37 pontos de reciclagem da cidade e em outros locais. De acordo com a professora Roberta Lemes Freire, 18% dos ratos capturados estão infectados com a bactéria transmissora da leptospirose, mais de 25% estavam contaminados por parasitas causadores de diarréia e vômito e 8,84% com toxiplasma. Segundo ela, todas estas bactérias são transmissíveis ao homem e o resultado desta pesquisa preocupa muito. Diante desta situação, a população deve tomar cuidado e manter limpo seus quintais para que não propicie um ambiente favorável para a permanência dos roedores.
Leptospirose
Leptospirose é uma infecção aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria do gênero Leptospira, que é transmitida por animais de diferentes espécies (roedores, suínos, caninos, bovinos) para os seres humanos. Esse micro-organismo pode sobreviver indefinidamente nos rins dos animais infectados sem provocar nenhum sintoma e, no meio ambiente, por até seis meses depois de ter sido excretado pela urina.
O contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais infectados ou pela exposição à água contaminada pela Leptospira, que penetra no organismo através das mucosas e da pele íntegra ou com pequenos ferimentos, e dissemina-se na corrente sanguínea.
No Brasil, os ratos urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos) são os principais transmissores da doença e o número de casos aumenta na estação das chuvas, por causa das enchentes e inundações. Infelizmente, o risco não desaparece depois que o nível das águas baixa, pois a bactéria continua ativa nos resíduos úmidos durante bastante tempo.
Sintomas
A doença pode ser assintomática. Quando se instalam, os sintomas são febre alta que começa de repente, mal-estar, dor muscular (mialgias) especialmente na panturrilha, de cabeça e no tórax, olhos vermelhos (hiperemia conjuntival), tosse, cansaço, calafrios, náuseas, diarréia, desidratação, exantemas (manchas vermelhas no corpo), meningite.
Em geral, a leptospirose é autolimitada, costuma evoluir bem e os sintomas regridem depois de três ou quatro dias. Entretanto, essa melhora pode ser transitória. Icterícia, hemorragias, complicações renais, torpor e coma são sinais da forma grave da doença, também conhecida como doença de Weil. (Com informações da Rádio Paiquerê AM e www.drauziovarella.com.br)