Dois auditores do TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) fiscalizaram, nesta quinta-feira (4), a trincheira que está sendo construída há mais de dois anos no cruzamento da avenida Leste-Oeste com a RioBranco, na área central de Londrina. A medida faz parte do trabalho de acompanhamento de obras públicas por parte do tribunal e atende um requerimento feito pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná), que em março abriu um inquérito para investigar a edificação.
O relatório de levantamento deverá ficar pronto em até três meses e será disponibilizado no site do TCE-PR. “Esse levantamento busca conhecer o objeto de fiscalização, entender quais são as condições, verificar as justificativas técnicas e jurídicas para solicitação e anuência de aditivos e, na sequência, avaliar a viabilidade de um aprofundamento dessa fiscalização, seja por meio de auditoria ou inspeção”, explicou Paulo Daschevi, que é engenheiro civil e coordenador de Obras Públicas do Tribunal de Contas do Estado.
Um drone foi utilizado para filmar e fotografar o atual estágio da obra, que de acordo com medições da prefeitura, está com 52,13% de execução. Além disso, os servidores solicitaram toda a documentação que envolve a construção, conversaram com os fiscais da obra e os representantes da empresa responsável, que tem sede em Curitiba.
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Segundo Daschevi, os fiscais apontaram “dificuldades técnicas” para justificar o atraso na entrega, que após aditivo de prazo estáprevista para julho. “Uma obra num contexto urbano, como é o caso daqui, realmente tem dificuldades. Nós estamos apurando se houve alguma, se a empresa, por exemplo, descumpriu o contrato. Entendemos o empenho dos fiscais, da empresa e não viemos com a visão de que há, necessariamente, uma irregularidade. Estamos aqui para conhecer e ouvir todas as partes”, ponderou.
Se caso for constada a necessidade de aprofundamento na fiscalização e até mesmo eventuais irregularidades o TCE-PR pode adotar algumas medidas. “Em casos extremos verifica-se a responsabilidade do gestor e da empresa, evitando uma paralisação (da obra), até porque teria todo um custo de recontratação”, explicou. Nesta quinta havia dezenas de operários atuando em várias frentes de trabalho, diferentemente de outras vezes que a FOLHA esteve no local.
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