O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) afirmou que é contra a realização de novas audiências públicas para discussão dos projetos complementares do Plano Diretor. Duas matérias – novo sistema viário e uso e ocupação do solo – não foram aprovadas pelos vereadores londrinenses, que defendem a realização para discussões públicas dos temas, entre eles, as mudanças no zoneamento da cidade.
Em entrevista à rádio Paiquerê AM, o presidente do Sinduscon em Londrina, Gérson Guariente Júnior, ressaltou a necessidade de cobrança para finalização do processo, que deveria ser concluído em 2008 e se arrasta na Câmara desde 2010. "No início, o Executivo não tomou as medidas necessárias para aprovação dos projetos. Mas, dois anos é um prazo exagerado", afirmou Guariente, justificando a pressa para a implantação do novo Plano Diretor.
Ele lembrou que o projeto do novo sistema viário está na Casa desde março sem movimentação nenhuma e a matéria que trata do zoneamento do município está "indo e voltando" do Executivo para Legislativo desde dezembro do ano passado. Para o presidente do Sinduscon, a insegurança jurídica é o maior problema provocado pelo atraso na aprovação. "Ninguém faz nenhum investimento ou toca seu negócio sem saber, exatamente, a regra que deve seguir", argumentou.
Questionado sobre a necessidade de discussões públicas, Guariente lembrou que o Plano Diretor começou a ser discutido em 2005 com a realização de audiências, pré-conferências e conferências. "Aproximadamente 8 mil pessoas participaram da discussões, parte significativa da sociedade", acrescentou.
Sobre a possibilidade de Londrina ficar de fora do PAC 2 sem aprovação do Plano Diretor, Guariente afirmou que o prejuízo maior é o atraso no desenvolvimento da cidade. "Em 2012, nenhum projeto do Minha Casa Minha Vida foi aprovado e não temos áreas industriais, além de projetos de loteamentos parados", informou. (Com informações da rádio Paiquerê AM)