Depois que os professores da rede estadual de ensino decidiram continuar em greve, servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) optaram em seguir pelo mesmo caminho. A paralisação por tempo indeterminado, definida após assembleia realizada na última quinta-feira (20), foi reconsiderada após o governo estadual sinalizar com a possibilidade de retirar o projeto que revoga o reajuste salarial do funcionalismo público paranaense.
O diretor do Sindicato dos Servidores Públicos da UEL (Assuel Sindicato), Adão Brasilino, comentou que a decisão foi tomada após assembleia realizada durante a manhã desta segunda-feira (24) no campus da universidade. O resultado também seria apreciado com servidores do Hospital Universitário (HU). Por volta das 21h, Brasilino informou que foram 147 votos a favor, dezesseis contra e doze abstenções. No total, incluindo campus e HU, foram 420 votos a favor, 27 contra e 23 abstenções.
Em relação à APP Sindicato, que representa os docentes estaduais, a votação realizada no último sábado (22) para manutenção da greve foi apertadíssima: 724 a favor e 719 contra.
A Polícia Civil também vai repensar a interrupção dos serviços. A categoria, paralisada há oito dias - a maior da instituição em 163 anos - deve reunir diretores do comando de greve nesta segunda-feira, a partir das 19h, na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol). O presidente do órgão, Michel Franco, afirmou que ''a convocação de uma nova assembleia só acontecerá se todos acordarem". No entanto, ele afirmou que "não receberam nenhum proposta oficial do Estado, muito menos um comunicado". Até as 21h, ainda não havia novidades sobre a realização de uma nova assembleia ou não.
O vice-presidente do Sindicato dos Professores de Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), Nilson Magnanin Filho, disse que os professores da UEL, que também estão em greve, marcaram nova assembleia para a próxima terça-feira (25). A reportagem tenta contato com a assessoria de imprensa do governo para repercutir a decisão dos sindicatos. (Colaborou Fernanda Circhia)
(atualizada às 21h)