Nesta sexta-feira (2), lideranças políticas, representantes de órgãos públicos e membros da sociedade civil organizada envolvidos com a questão dos idosos em várias regiões do Paraná reuniram-se em Londrina no 1º Seminário Feliz Cidade dos Idosos, um evento que integra a programação do Junho Violeta, instituído no Estado por meio da lei 20.25220, e que consiste em promover a conscientização sobre o tema, buscando meios de garantir a dignidade e o respeito a essa parcela da população, discutir ações e combater a violência e a violação dos direitos do idoso. O evento foi realizado na seda da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O seminário é uma iniciativa do deputado estadual Cobra Repórter (PSD), autor da lei que propôs a criação do Junho Violeta e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Assembleia Legislativa do Paraná. “Eu acompanho muito de perto esse público e o que eles querem é ser valorizados. É muito triste a pessoa chegar nessa idade e se sentir descartado, não se sentir útil”, disse o parlamentar, que organiza uma edição do seminário para o fim do mês, em Cascavel (Oeste). “Que a gente possa tirar desses seminários bons projetos e boas ideias para que a gente possa cuidar melhor dos nossos idosos. Dar qualidade de vida a eles é fundamental.”
No Paraná, há mais de dois milhões de idosos, o que corresponde a uma fatia de cerca de 20% da população total, e estima-se que em dez anos esse percentual estará perto dos 30%. Presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso do Paraná, Jorginei Neves lembra que, em 2023, o Estatuto do Idoso completa 20 anos e provoca: “Em que avançamos?”
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Melhorar as condições de vida dos idosos, afirmou ele, demanda uma atuação em várias frentes. O primeiro passo é tirar a pessoa idosa da invisibilidade, acabar com a ideia de que quando a pessoa envelhece, ela se torna inservível. “Precisamos trazer a pessoa idosa novamente para este olhar humanizado”, defendeu. Neves admite que o país está muito atrasado nesse processo e que as medidas não surtem efeito em curto prazo. Mas é preciso começar. “As medidas são a longo prazo porque para desenvolver uma cultura, mudar o senso comum das pessoas e criar um novo imaginário social leva tempo.”
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