O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, cancelou a reunião desta quarta-feira (3) que discutiria a possível transferência da gestão de trecho da PR-445 para a Prefeitura de Londrina. O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) chegou a ir para Curitiba nesta semana após a convocação por parte do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), mas acabou voltando antes da capital após ser avisado de que o encontro havia sido adiado pelo secretário. "Só participei de uma solenidade da Fomento Paraná na terça-feira e retornei para Londrina", contou Kireeff.
Conforme o prefeito, Pepe Richa optou pelo adiamento por não ter condições de participar da reunião. "Vou esperar pelo reagendamento do encontro", disse Kireeff, acrescentando que, até agora, não recebeu nenhum documento ou informação referente à análise feita pelo DER sobre a possibilidade de o município de Londrina assumir a gestão da PR-445.
Vale lembrar que o DER garantiu ao Bonde, no mês passado, que aceita ceder trecho da rodovia ao município, contanto que a prefeitura cumpra uma série de ritos e dispositivos previstos em legislação federal para salvaguardar o Governo do Paraná em caso de questionamentos do Ministério Público (MP) e do Tribunal de Contas (TC).
Obras de duplicação
A prefeitura tem a intenção de obter a concessão de trecho da PR-445 localizado entre Londrina e Mauá da Serra, contrair empréstimo no BNDES para realizar as obras de duplicação e pedagiar a rodovia depois - a R$ 5 - para 'recuperar' o dinheiro investido. Segundo estimativas, o município conseguiria reaver a verba - de cerca de R$ 210 milhões - em doze anos e meio. No período restante de concessão, o poder público municipal utilizaria os recursos recebidos através do pedágio para realizar investimentos em outras áreas.
A prefeitura deve delegar à Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos de Londrina (Arselon), ainda em fase de criação na Câmara de Vereadores, a gestão e a execução da duplicação da rodovia.