A Sanepar informou, no início da noite desta quinta-feira (24), que intensificou o tratamento da água in natura captada do Tibagi, com aplicação de dióxido de cloro e carvão ativado. A medida de reforço ocorre após várias reclamações de moradores da zona oeste de Londrina sobre odor e sabor ruim da água tratada. O MP (Ministério Público chegou a instaurar inquérito para apurar o caso.
De acordo com a companhia, a falta de chuvas na Bacia do Rio Tibagi tem provocado a proliferação de algas, fenômeno ocasionado pelas mudanças climáticas. A Sanepar argumenta que isso pode alterar o cheiro e o sabor da água, mas não causa danos à saúde. O Rio Tibagi abastece 60% da cidade e praticamente toda Cambé.
O químico Alcely Wosniak, da equipe de especialistas em produção de água da Sanepar, está acompanhando de perto os trabalhos de mitigação da presença de substâncias vindas das algas na ETA (Estação de Tratamento de Água) do Tibagi, localizada na zona leste de Londrina.
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Ele afirma que estão sendo detectadas as substâncias mib e geosmina na água que chega na estação. Por isso, alguns clientes podem sentir a presença de odor/sabor de mofo ou terra na água da torneira, porque as pessoas são capazes de sentir diferença nas características do produto que estão acostumadas a consumir, ainda que as alterações sejam mínimas e aceitáveis pela legislação de potabilidade da água. "A Sanepar distribui água 100% segura. Não há qualquer risco para o consumidor", afirma Alcely.
Os parâmetros que regem a qualidade da água distribuída pelas empresas de saneamento do Brasil são determinados pelo Ministério da Saúde, através da Portaria de Consolidação 5/2017 - MS, anexos XX (alterado pelas Portarias 888 e 2472 de 2021) e XXI e atendidos pela Sanepar.
A companhia mantém um site em que é possível conferir os dados das análises da água em todas as cidades em que atua. É possível acessar nete link.