A reunião em Brasília (DF) que discutirá, no próximo dia 12 de agosto, sobre o Trem Pé Vermelho - projeto que promete ligar Londrina a Maringá - deve ser ser decisiva e gerar novos desdobramentos. A informação foi divulgada pela deputada federal Luísa Canziani (PSD), nesta quarta-feira (25), em entrevista à FOLHA. O projeto ainda está em fase de estudos.
O chamado "Trem Pé Vermelho" foi um dos seis selecionados do país pelo Ministério dos Transportes para receber análises técnica e econômica. A pasta, inicialmente, abriu um edital para cerca de 400 projetos que poderiam ganhar o investimento. O trecho Londrina-Maringá foi o único a ser aprovado para estudo em todo o Paraná.
O balanço dos projetos iniciais foi feito pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). As análises foram contratadas pela Infra S.A., empresa pública gerida pelo ministério.
Canziani afirmou que o trem é uma das suas prioridades para os próximos anos. "Toda semana, praticamente, que eu estou em Brasília, eu vejo isso. Eles contrataram uma outra universidade para desenvolver os estudos de viabilidade. Dentre esses [projetos], está o Trem Pé Vermelho."
Segundo ela, há o desejo do governo federal de tornar real a primeira concessão de trens de passageiros da história do Brasil. "O ministro [Renan Filho] já disse publicamente que quer fazer isso [a concessão] já no primeiro semestre do ano que vem, mas nós precisamos mostrar a viabilidade com os projetos", ponderou a deputada.
A reunião
Canziani confirmou que a reunião terá a presença de gestores da empresa responsável pelos estudos, da Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário, da bancada paranaense da Câmada dos Deputados e dos representantes do governo estadual.
"Agora, a gente está nessa articulação e envolvendo o governo do estado também - com a Secretaria de Planejamento, a Secretaria de Inovação e a Secretaria de Indústria e Comércio - a fim de inserir atores do governo e da sociedade civil organizada para mostrar que nós queremos fazer esse projeto dar certo e vamos oferecer todas as condições para isso", explicou.
A parlamentar ressaltou que, inclusive, deve movimentar emendas de bancada para que o projeto saia do papel. "A gente também pode articular recursos para a realização das modificações nos trilhos, por exemplo. Em agosto, nós falaremos sobre isso", concluiu.