Reajuste do IPTU não passa pela Câmara

Os vereadores rejeitaram o projeto 333/2009, que previa o reajuste da planta de valores do IPTU de Londrina. Pelo texto original, o reajuste médio seria de 40% nos imóveis da cidade. Para 3% deles (a maioria localizada na região da Gleba Palhano) haveria aumento de 300%. Em contrapartida, outros 25 mil imóveis sofreriam reduções drásticas do imposto - 15 mil com isenção.

O projeto recebeu parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça. Os vereadores Zaqueu Berbel (PRP) e Ivo de Bassi (PTN) apresentaram substitutivos tentando diminuir este índice de reajuste, mas as propostas também não passaram pelo crivo do plenário.

As galerias da Câmara estiveram lotadas. Durante a votação houve muita confusão, vaias e até provocações. O presidente Padre Roque (PTB) ameaçou suspender a sessão várias vezes. Ao término da votação, a população aplaudiu os parlamentares, contou o Hino Nacional e fizeram o coro "povo unido, jamais será vencido".

Com a rejeição, o projeto 333/2009 foi arquivado. O reajuste aplicado ao imposto será medido pela inflação do período. Baseado pelo INPC, este índice deve ser de 5%.

Esta foi uma grande derrota ao Executivo. O prefeito Barbosa Neto (PDT) tinha esperanças e condicionou a aprovação do projeto para realização de obras. O reajuste poderia trazer mais de R$ 30 milhões aos cofres públicos.