Sete vereadores decidem, juntamente com membros do primeiro escalão do governo Barbosa Neto (PDT), quem será o novo líder do Executivo na Câmara. O cargo ficou vago semana passada depois que Roberto Fú (PDT) demonstrou descontentamento com as discussões sobre o zoneamento urbano da cidade - o estopim foi o novo projeto que reduz em 20% a atual área da 'Lei da Muralha'.
Fú foi o autor do projeto para derrubada da lei 9.869/2005 (Lei da Muralha). Pela legislação, ficaram proibidas instalações de grandes supermercados e de lojas de materiais de construção no quadrilátero central da cidade. Em 2006, o texto passou por uma atualização e a área foi expandida. Fú não conseguiu derrubar a lei na Câmara e retirou o projeto da pauta.
Quatro nomes são colocados para sucessão do pedetista: Jairo Tamura (PSB), Padre Roque Neto (PR), Rodrigo Gouvêa (PTC) e Tião dos Metalúrgicos (PDT), que já ocupou o cargo no passado. "Fomos uma das pessoas sondadas, estamos juntos e queremos ser um time", disse Tamura. "Estamos analisando", desconversou o republicano Roque Neto. O sindicalista aparece em terceiro na corrida.
Em menos de três anos de governo, Barbosa Neto já teve quatro líderes na Câmara. Metade dos desligamentos evidenciou difícil relação entre o chefe do Executivo com a Câmara, embora o pedetista enfatize repetidas vezes um bom relacionamento entre os dois poderes. No entanto, as saídas de Joel Garcia e Roberto Fú não demonstram isso. O novo líder, além de lutar pelo interesse do Executivo, terá um outro importante papel: unir a base governista. "Deve haver um consenso, buscar um nome de apoio entre todos e que consiga representar a base como um todo nas discussões", ressaltou Jairo Tamura.
O nome do novo líder deve ser anunciado durante a sessão desta terça-feira (22) da Câmara.
(Atualizado às 20h21)