Mais de 250 pessoas participaram das manifestações no Zerinho, na tarde desta terça-feira (15), onde a prefeitura iniciou a reabertura da rua Piauí. A intenção do poder público é dar maior fluidez no trânsito na região central de Londrina.
Os manifestantes plantaram vinte mudas onde haviam árvores e mesas para o público. O local está cercado com fitas de isolamento e cartazes com os dizeres "Não ultrapasse, área de crime ambiental".
A manifestação é a quarta já feita no local pelo Movimento Ocupa Londrina. Os manifestantes alegam que a prefeitura descumpriu uma série de normas para a execução das obras, entre elas a formulação de um Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV). Além disso, a atual administração colocou em prática o procedimento sem pedir autorização para órgãos de controle, como o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Ministério Público (MP).
A cantora Gisele Almeida, que faz parte do movimento, criticou a justificativa dada pelo secretário municipal de Governo, Marco Antônio Cito, para a derrubada das espécies. "Ele disse que o município pôde fazer o corte das árvores porque elas não eram nativas. Além disso, o secretário afirmou que a reabertura da rua Piauí vai acabar com a onda de criminalidade existente no bosque. Queremos ridicularizar o poder público e mostrar à população o quão estúpida é a atual administração", destacou.
O movimento espera que a Justiça embargue a obra no Bosque Central. A ONG Meio Ambiente Equilibrado pretende entrar, nesta quarta-feira (16), com uma ação judicial solicitando a paralisação do procedimento. Além disso, representantes da Secretaria Municipal do Ambiente (Sema) e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul) foram convocados pelo IAP, para prestar esclarecimentos, durante a manhã desta quarta.