Londrina

Promotoria quer fim da transposição do Ribeirão Lindóia

20 dez 2002 às 20:22

O promotor de Defesa do Meio Ambiente de Londrina, Cláudio Esteves, pediu nesta sexta-feira à Secretaria Municipal de Obras o fim da transposição improvisada sobre o Ribeirão Lindóia, entre o Conjunto Maria Celina e o Jardim Barcelona (zona norte). Segundo laudo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a 'estrada' de terra está assoreando o leito do ribeirão, prejudicando a fauna aquática e a vegetação do local e colocando em risco os motoristas que trafegam pela via.

Para apurar quem foi o responsável pela obra, foi aberto um inquérito policial, determinado pelo promotor. ''Trata-se de um crime ambiental e nossa função é providenciar a correção o mais rápido possível'', explicou o promotor. Ele instaurou um procedimento investigativo no final do mês passado.


A suspeita recai cai sobre os moradores da região mas, por enquanto, não há provas. O promotor reconhece que a passagem entre os dois conjuntos residenciais é justa, mas observa que ''a execução e responsabilidade deste tipo de serviço é da administração pública''.


A preocupação do Ministério Público e dos ambientalistas é que os prejuízos ao meio ambiente aumentem, se nada for feito urgentemente. Por isso, o IAP sugeriu que, além de retirar a terra, fossem retirados os tubos colocados sob o aterro e o lixo acumulado no lago de 600 metros quadrados formado pela 'barreira'.

Esteves não deu prazo à prefeitura e disse que vai esperar uma resposta. O secretário municipal de Obras, Aloysio Crescentini de Freitas, disse no final da tarde desta sexta-feira que ainda não havia lido o ofício enviado pelo Ministério Público. Mas que, independentemente disso, não poderá executar qualquer obra naquela local (área de preservação ambiental) sem autorização do IAP.


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