Londrina

Projeto do LEC provoca bate-boca na Câmara

03 dez 2013 às 19:15

CORREÇÃO: Ao contrário do que foi publicado antes, a Câmara não aprovou a cessão do VGD ao Londrina Esporte Clube. O projeto aprovado em primeiro discussão concede o título de utilidade pública ao LEC. Só com o título a Câmara poderá votar a cessão do VGD ao clube.

Confira a matéria publicada na edição desta quarta-feira da Folha de Londrina.


Dúvidas da vereadora Elza Correia (PMDB) sobre projeto que concede título de utilidade pública ao Londrina Esporte Clube (LEC) provocaram atritos com pessoas ligadas ao clube ontem, durante a sessão da Câmara de Londrina. Eles não gostaram dos questionamentos feitos pela vereadora aos "erros" contidos no texto e reclamaram da não entrada em votação da doação do estádio Vitorino Gonçalves Dias, o VGD, para o clube.


Apesar das dúvidas, o texto foi aprovado por unanimidade, com o comprometimento da diretoria de encaminhar os documentos faltantes para a segunda discussão.


Os ânimos ficaram tão acirrados que a vereadora chegou a pedir providência ao presidente da Câmara, Rony Alves (PTB). Ela reclamou de provocações feitas por membros do LEC.


O projeto de concessão de título é necessário para que a prefeitura possa ceder o VGD para o clube. O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) enviou a proposta para a Câmara na semana passada, mas os membros tentavam obter a cessão ontem. O LEC já foi considerado de utilidade pública, mas teve a qualificação cassada em 2009 depois de sofrer intervenção devido a ação trabalhista.


O principal questionamento de Elza é sobre o número de crianças atendidas: das 158 que treinam na escolinha do LEC, apenas 11 são isentas de pagamentos de taxas. Além disso, ela viu inconsistências na contabilidade informada pelo próprio clube para justificar a concessão do título. "O LEC oferece trabalho que pode ser considerado de utilidade pública? Para o vereador dar o título, que é uma coisa muito séria, tem que ter todas as dúvidas dirimidas", diz a vereadora.


No início da sessão, a vereadora chegou a ser interpelada por membros da direção do clube, que tentavam fazê-la desistir dos questionamentos. Após dar entrevista à imprensa, outro membro voltou a interpelá-la. Ela chegou a reclamar da pressão que estava sofrendo.


Porém, para o presidente do LEC, Cláudio Canuto, a vereadora fez uma "grande confusão". "Ela nem sabia que estamos com nossas contas sob intervenção judicial", disse. Devido a isso, todos os gastos do LEC precisam ter autorização judicial e são, depois, auditados pela Justiça.


Sobre os alunos, Canuto diz que o clube disponibiliza 20% de suas vagas para quem não pode arcar com os custos, mas apenas "11 ou 12" são contemplados porque não há procura. Ele justifica a cobrança da maioria para cobrir os gastos com profissionais e equipamentos envolvidos nos treinos.

(matéria atualizada às 10h)


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