Londrina

Problemas de infraestrutura e falta de médicos persistem em UBSs de Londrina

02 set 2015 às 17:55

A falta de equipamentos básicos e de profissionais ainda são os principais entraves para o melhor funcionamento de duas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da Zona Sul de Londrina: as do União da Vitória e do Cafezal. A constatação foi feita na manhã desta quarta-feira (2) durante visitas feitas pelos vereadores Gustavo Richa (PHS) e Lenir de Assis (PT), respectivamente presidente e vice-presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara de Londrina. Vilson Bittencoourt (PSL) que também integra o grupo justificou a ausência em razão de compromissos anteriormente agendados.

Os parlamentares reiniciaram no último dia 19 de agosto as visitas aos postos de saúde e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para conferir se houve melhoras desde o ano passado, quando a Comissão preparou um extenso relatório das deficiências encontradas no sistema municipal de saúde, que foi entregue ao secretário municipal, Mohamad El Kadri; ao promotor Paulo Tavares, responsável pela Promotoria de Defesa da Saúde Pública de Londrina; ao Conselho Municipal de Saúde e ao prefeito Alexandre Kireeff (PSD). A julgar pelas visitas já feitas este ano, pouca coisa mudou em relação a 2014. Em alguns aspectos, a situação até piorou.


Faltam médicos


Na UBS do Jardim União da Vitória, por exemplo, o vereador Gustavo Richa apurou que atualmente há apenas dois clínicos gerais (nesta mesma época, no ano passado, eram três), quando o ideal seriam quatro, e como não há pediatra exclusivo para a unidade, o atendimento a crianças é restrito a meio período em quatro dias por semana. Também diminuiu o número de auxiliares de enfermagem: de 25 para 23. Além disso, no período noturno (a unidade funciona até as 23 horas) não há auxiliar administrativo.


Dentro da unidade, que realiza cerca de 450 atendimentos por dia, o vereador constatou falta de computadores e de mouses que permitam o uso dos equipamentos existentes; número insuficiente de ventiladores; ausência de máquina de lavar; falta de armários e até de pias no consultório odontológico. Aparelhos de ar-condicionado também não existem em nenhuma das salas, assim como armários e mesas são suficientes. Há sete meses foi finalizada uma reforma na unidade que consumiu R$ 183 mil, mas o telhado não foi trocado e em vários locais a pintura das paredes já está comprometida.


No posto do Jardim Cafezal, Gustavo Richa e Lenir de Assis encontraram uma situação um pouco melhor em termos de equipamentos e estrutura física, mas ali também há carência de profissionais. No ano passado eram cinco clínicos gerais, hoje são três. De acordo com as informações levantadas pelos vereadores, seria necessário pelo menos mais um clínico para atender no horário das 16h30 às 19 horas, que encontra-se descoberto. Também faltam enfermeiros e auxiliares de enfermagem para não depender de horas extras.

"Percebemos que faltam equipamentos básicos, que demandariam pouco investimento e melhorariam sensivelmente o atendimento. Tanto que já fizemos solicitação de instalação de aparelhos de ar-condicionado em todas as unidades de saúde do município", afirmou o vereador Gustavo Richa. O parlamentar lembrou que, principalmente no Jardim União da Vitória, a população é bastante carente e deveria receber atenção especial por parte da Administração Pública. "Trata-se de uma região onde, segundo nos informaram, existem mais de 300 crianças com menos de 2 anos. No mínimo o posto de saúde teria que ter um pediatra exclusivo. A estrutura destas unidades deveria se adequar à realidade local", argumentou Richa.


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