Pelo menos 31 presos na segunda fase da Operação Publicano prestam depoimento na manhã desta quarta-feira (17), na sede do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Londrina. Os mandados contra os suspeitos de integrar um esquema de corrupção na Receita Estadual foram cumpridos na última quarta-feira (10).
Os auditores fiscais, contadores e empresários chegaram ao prédio por volta das 9h30 em um ônibus da Polícia Militar (PM), o mesmo usado no dia da Operação para transportá-los até a unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL). Três presos não compareceram até agora; dois estão detidos no prédio do Corpo de Bombeiros e outro permanece internado em um hospital da cidade.
Os advogados presentes no local reclamam da falta de acesso ao conteúdo da delação do auditor Luiz Antonio de Souza e ao processo. Os clientes são instruídos a permanecer em silêncio durante os depoimentos conduzidos pelo delegado Alan Flore. A expectativa maior é pela chegada de Luiz Abi Antoun, parente do governador Beto Richa (PSDB), no período da tarde.
Não há previsão para conclusão dos trabalhos, segundo o Gaeco. O prazo para fechamento do inquérito termina na sexta-feira (19).
A Publicano investiga um esquema de corrupção no qual auditores fiscais anulavam multas em troca de propina. O Ministério Público (MP) investiga crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Na semana passada, 49 pessoas foram presas, entre auditores de Londrina, Curitiba, Cambé, Apucarana, Rolândia, Ibiporã, Arapongas, Jacarezinho e Cornélio Procópio. Contadores e advogados completam a lista de acusados. (Com informações da CBN Londrina).
(Atualizada às 11h51).