A Companhia de Habitação (Cohab) de Londrina rescindiu nesta sexta-feira o contrato que havia firmado no início do mês com a Principal Vigilância, no valor de R$ 46 mil. O rompimento é resultado da polêmica que foi criada em torno da empresa, contratada mesmo devendo Imposto Sobre Serviços (ISS) para o município desde 1991. Além disso, os sócios da Principal, Henrique César Galli e José Luiz Sander, são réus em uma ação na Justiça que apura desvios da Prefeitura de Londrina. Pelo acordo, a empresa vai trabalhar até segunda-feira e irá receber cerca de R$ 4 mil.
A Principal venceu a licitação para fazer a guarda do prédio da Cohab (área central) e havia assinado contrato no dia 3 deste mês. Para participar da licitação, a empresa apresentou certidão negativa de Iguaraçu (região Noroeste), onde fica a matriz. Mais tarde, descobriu-se que a empresa devia imposto em Londrina.
Além de estar envolvida no escândalo dos desvios de recursos da prefeitura, a Principal enfrenta problemas financeiros e está devendo salários para parte dos funcionários. Na próxima semana, a empresa poderá entrar com pedido de falência. Sander, que é sócio majoritário da empresa e morava em Maringá, está desaparecido há mais de duas semanas. Segundo o Sindicato dos Vigilantes, ele teria dado um golpe na empresa e e sumido com R$ 5 milhões. Galli contesta os valores e, na época do desaparecimento, chegou a falar em R$ 1 milhão.
* Leia mais em reportagem de Lucilia Okamura na edição da Folha de Londrina/Folha do Paraná deste sábado