Depois do trabalho de esvaziamento do Lago Igapó 2, na região central de Londrina, ainda não existe projeto definido para sua recuperação. Até o momento, o que se sabe apenas é que, depois de recuperado, o Igapó 2 terá pista de cooper, área de lazer e ciclovia.
"A prefeitura sozinha não tem recursos para (realizar) o projeto nem para a recuperação", admitiu o presidente da Autarquia Municipal do Ambiente (AMA), Luiz Eduardo Cheida. De acordo com ele, a saída será buscar apoio com a iniciativa privada, através da formação do que está sendo chamado de Consórcio Ambiental para a Bacia do Ribeirão Cambé.
Hoje à tarde (28/05) foi feito o trabalho de retirada dos peixes que não conseguiram descer para o Lago Igapó I, realizado por técnicos da AMA, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Ibama. A expectativa era concluir o serviço ainda hoje, retirando do leito do rio pelo menos 400 quilos de tilápias, traíras, cascudos, pirambebas e lambaris. O trabalho atraiu a atenção de centenas de curiosos e deixou o trânsito lento no local. A fiscalização do Ibama alerta para que a população não consuma os peixes e não entre no lago.
O diretor da Secretaria de Obras do Município, Antonio Ursi, adiantou que provavelmente terá que ser feito o alargamento das comportas laterais da ponte sobre a Avenida Higienópolis para que toda a água do Igapó 2 seja retirada. Para ajudar no escoamento total da água, as comportas do Igapó I foram abertas no final da tarde e o nível do lago foi rebaixado em cerca de um metro. Um mergulhador do Corpo de Bombeiros realizou trabalho de vistoria nas comportas da barragem, verificando a presença de lixo que pudesse atrapalhar no escoamento. Até a tarde, o nível de água correspondia a 5% do total no lago 2.
O vertedouro que causou o problema de infiltração na ponte, segundo Ursi, deverá começar a ser quebrado dentro de uma semana. Em seu lugar, está prevista a construção de uma barragem em arco com escadas, que facilitaria o trabalho de procriação das espécies de peixes.
Segundo a AMA, os trabalhos de drenagem do lago devem começar assim que o seu leito fique seco por completo e não ofereça riscos à entrada das máquinas. O problema, conforme adiantou Cheida, é a quantidade de lodo no local que, em princípio, poderá ser reaproveitada nas margens.
O secretário de Obras, Luiz Carlos Bracarense, informou que a avenida Higienópolis não deverá ficar interrompida para o tráfego por longos períodos. O trabalho de recuperação da ponte deverá ser iniciado dentro de 15 dias. Até o momento, o secretário trabalha com a expectativa de concluir até dezembro a recuperação da ponte e a urbanização do Igapó.
*Leia mais em reportagem de Luciano Augusto na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta terça-feira