O Instituto de Criminalística de Londrina concluiu a perícia do caminhão envolvido em um acidente em frente ao Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss em 8 de maio. O laudo identificou que o reservatório do fluido do freio tinha acúmulo de resíduos antigos, o que fez o recipiente entupir. Sem freio, o caminhão desceu desgovernado pela avenida Rio de Janeiro e atingiu Irene Maria de Souza Santana, de 59 anos, que trafegava de moto pela rua Benjamin Constant. A vítima morreu no local.
O chefe do Instituto de Criminalística de Londrina, Luciano Bucharles, explica que já havia a suspeita inicial de que o veículo estava sem freio por conta do relato de testemunhas e do próprio condutor. Segundo ele, foram feitos exames no sistema de freio do veículo, que estava em boas condições por conta de uma manutenção recente. “Quase todos os componentes estavam em ótimo estado para uso, só que o reservatório do fluído de freio, que é usado para pressurizar o sistema e acionar o freio, estava com uma borra de fluído velho acumulada”, explicou.
Segundo o perito, é comum, inclusive em carros, que os proprietários encham o reservatório com o fluido sem fazer a devida limpeza, o que permite que os resíduos mais velhos acumulem. De acordo com Bucharles, quando o pedal do freio foi acionado, a borra não permitiu que o sistema fosse pressurizado e fez com que o caminhão ficasse sem freios.
Leia mais:
Longa inspirado no histórico assalto ao Banestado terá Murilo Benício e Christian Malheiros no elenco
Filho de autor de atentado em Brasília presta depoimento à PF em Londrina
“Encontro de Estreia” será neste domingo na Vila Cultural Casa da Vila em Londrina
Árvore de Natal do Lago Igapó será inaugurada nesta sexta em Londrina
“Foi uma falha de manutenção pontual. A manutenção do sistema de freios estava boa com a exceção desse ponto do reservatório do fluido”, detalhou.
Bucharles explicou que o ideal é que todo o sistema seja revisado, mas que não é o que acontece na maior parte dos casos. Segundo ele, os mecânicos ou os proprietários costumam fazer a revisão de itens específicos do sistema.
O perito apontou que o fato de o caminhão ter perdido o freio em uma área de descida foi uma “triste coincidência”, já que o entupimento do reservatório acontece aos poucos até que o fluido não passe mais, causando a perda do freio. “Se acontece em uma rua em nível, o veículo vai desacelerar naturalmente e parar, então foi uma triste coincidência esse entupimento total ter acontecido em uma descida”, explica.
Além da perícia do caminhão, a Delegacia de Trânsito de Londrina também solicitou a perícia do capacete da vítima. O envio dos dois laudos concluídos deve ser feito ainda nesta semana ao delegado Edgard Soriani.
RELEMBRE O CASO: