Já está em funcionamento o segundo scanner corporal do sistema penitenciário do Paraná. Instalado na Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL II), o equipamento permite uma visão minuciosa de quem entra no estabelecimento prisional, detectando qualquer tipo de metal, armas, drogas, explosivos, celulares, próteses e demais objetos estranhos que possam estar escondidos em roupas, sacolas ou no interior do corpo humano.
O primeiro scanner corporal começou a funcionar em março passado na Casa de Custódia de São José dos Pinhais (CCSJP), unidade com 1.088 presos. Visitantes e servidores públicos só podem entrar na unidade passando pelo equipamento, muito parecido ao que é usado em aeroportos, alfândegas, estações ferroviárias e áreas de mineração.
Desde que o equipamento entrou em funcionando, as revistas realizadas com apoio da Polícia Militar do Paraná registraram grande queda na entrada de objetos indevidos na unidade. Em comparação com o mesmo período de 2013, nos meses de março a junho deste ano, a entrada de aparelhos celulares caiu de 115 para 28; de brocas/serras caiu de 15 para apenas duas; de estoques/ferros caiu de 12 para 10; entrada de fumo caiu de 6,875 quilos para 1,4 quilo; e de maconha caiu de 2,24 quilos para 0,45 gramas.
Essa mesma experiência deve se repetir agora na PEL II, a maior penitenciária de Londrina, com 1.142 presos de regime fechado. Só no primeiro semestre deste ano, foram encontrados nessa unidade 816 aparelhos celulares, além de 666 carregadores, 143 chips, 57 serras, 47 estoques/ferros, 46 brocas, 31,05 quilos de fumo, 11,62 quilos de maconha e 146 gramas de cocaína, em três revistas realizadas com o apoio da Polícia Militar do Paraná.
Outros três equipamentos similares estão sendo instalados no Paraná e deverão entrar em funcionamento até o começo de setembro. Um será instalado na entrada do complexo penitenciário de Piraquara, onde 6.098 detentos cumprem pena. Outro será instalado na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), com 990 presos; e o terceiro na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu II (PEF II), com 869 presos.
Com isso, servidores públicos e visitantes de mais da metade dos 19.550 presos do sistema penitenciário do Paraná só poderão entrar nos estabelecimentos penitenciários passando por scanner corporal.
Balanço
Um balanço das 38 revistas realizadas no primeiro semestre de 2014, com apoio da Polícia Militar do Paraná, nos 33 estabelecimentos penitenciários da Secretaria da Justiça, indica que foram apreendidos 3.294 aparelhos celulares, 1.528 carregadores, 1.022 chips, 372 estoques/ferros, 199 serras, 100 brocas, 52 quilos de maconha, 1,2 quilo de cocaína e 8,1 quilos de fumo.
Aluguel
Os scanners foram locados por três anos da empresa Smiths Detection do Brasil Comércio de Equipamentos Ltda., a um custo mensal de R$ 17.600,00 cada. Com isso, todo o custo de manutenção e atualização do equipamento é assumido pela própria empresa, que dá a capacitação aos agentes encarregados da operação do equipamento.