Projeto de lei
Olhos brilhantes, escamas firmes e guelras vermelhas. Estes são os indicativos para não errar na hora de comprar peixe congelado. Mas se a hora do almoço desta Sexta-feira Santa está se aproximando ou se o consumidor ainda tem dúvidas na hora de escolher um bom exemplar, a alternativa é comprar peixes vivos na feira realizada ao lado Pronto Atendimento Infantil (PAI), no centro de Londrina.
Nos últimos dois dias, a grande procura demonstrou que outros fatores influenciaram a busca dos católicos pelo prato principal do feriado santo. Em tempos de crise o casal Maria Inês e Antenor Capello decidiu trocar o bacalhau importado (que chega a custar R$ 50,00 o quilo) por pacu.
''Vamos fazer uma peixada para 30 pessoas da família'', disse Maria Inês, 56 anos, enquanto se deleitava com um exemplar de 5,6 quilos. ''Comemos sempre bacalhau, mas este ano vamos gastar com estes peixes'', disse o mecânico Antenor, 70. Com R$ 48,00, o dois compraram 9,5 quilos de peixe.
Para os piscicultores que montaram barracas no terreno, as vendas ultrapassaram as expectativas. ''No primeiro dia vendemos mais de 700 quilos e hoje (quinta-feira) devemos chegar aos mil quilos. Algumas espécies de peixes acabaram três vezes esta manhã'', disse a estudante Carla Clivati, 22, que ajudou a família no atendimento.
Muitos consumidores destacaram que a religiosidade também foi um fator que influenciou nas compras. ''Sempre respeito esta data. Faz bem pra gente e para a família'', disse o comerciante Alair Prado, 55.
''Estou levando pelo feriado, mas também porque faço aniversário no Dia da Páscoa. Vai ter peixe com farinha pra todo mundo'', festejou o ajudante de pedreiro Nelson Leandro de Jesus, que vai comemorar os 43 anos neste domingo com duas carpas como prato principal.
A feira segue até o início desta tarde e a previsão é que 15 toneladas de peixes sejam vendidas. Carpa, tilápia e bagres custam R$ 3,50 o quilo, enquanto o pacu varia de R$ 4,00 (pequeno) e R$ 5,00 (exemplares grandes)