As faixas de segurança viraram palco de uma disputa entre pedestres e motoristas no centro de Londrina. Nos cruzamentos a cena é a mesma, com os pedestres desconfiados atravessando em passos vascilantes até pararem no meio da faixa para dar passagem aos carros que avançam sem cerimônia. Uma briga que está custando caro para os londrinenses. Só no ano passado dez pessoas morreram vítimas de acidentes sobre faixas de segurança. No total, foram 53 mortes em 2001. Basta percorrer alguns cruzamentos no centro para perceber que a faixa está longe de ser um local seguro.
Embora o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), em vigor desde 1998, preveja penalidades e multas tanto para pedestres quanto para os motoristas o dia a dia no trânsito mostra que a pressa está acima da lei. Se há motoristas que insistem em ter a preferência na faixa, os pedestres também se arriscam. É comum nos cruzamentos observar pedestres atravessando a faixa as pressas mesmo com o semáforo fechado para eles.
Outra situação comum são as travessias fora da faixa, em meio aos carros, embora o bom senso pede que optem pela área de segurança. ''Há penalidades para os pedestres, mas o problema é como aplicá-las. Eu mesmo já adverti uma senhora que atravessava fora da faixa e ela retrucou, me desafiando a multá-la'', diz o agente municipal de trânsito Mauro Pacon, 42 anos.
Pacon e dois outros agentes acompanharam a reportagem em uma visita a vários cruzamentos para observar o comportamento de motoristas e pedestres. O que se observou foi uma verdadeira ''festa'' de infrações de ambos as partes, como pedestres que atravessam entre os carros e canteiros, além de motoristas avançando o sinal, parando sobre as faixas, sem se importar com a sinalização.
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