A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) anunciou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30), que a passagem do transporte coletivo de Londrina deve ser reajustada para R$ 4,80 já em 2023. O presidente da companhia, Marcelo Cortez, atribuiu o aumento à alta do preço do diesel, combustível utilizado nos veículos.
"Segundo os estudos encaminhados pela CMTU, a nossa tarifa técnica passa a ser de R$ 6,50, cabendo ao usuário arcar com R$ 4,80. A nossa tarifa técnica representa a menor do Paraná. Nós temos que levar em consideração que tivemos um ano atípico. Pela primeira vez na história do Brasil, o diesel está mais alto que a gasolina e, logicamente, é um insumo que reflete diretamente no custo do sistema", disse Cortez.
O presidente da CMTU também deixou claro que a diferença de R$ 1,70 vai ser custeada pela prefeitura, a fim de manter a gratuidade a certos grupos. "Nós pagamos as gratuidades daqueles que necessitam, das pessoas que possuem doenças graves, que precisam de tratamentos diários. Por exemplo, uma pessoa que faz hemodiálise, muitas vezes, precisa fazer todo dia, ou vários dias na semana. E essas pessoas têm uma dificuldade."
Outros fatores
Além do preço do combustível, Marcelo Cortez afirma que há outros fatores que pesaram no aumento do preço da passagem. "Na mão de obra, com o aumento dos trabalhadores, nós temos um impacto de cerca de 17%. O diesel subiu mais de 65%. E isso tem cerca de 25, 30% do custo da tarifa. Então, nós temos que somar... eu falo desses dois, mas há outros, tais como óleo, peças..."
"A gente, dentro daquilo que é possível, foi fazendo a gestão dia a dia, para que a gente pudesse não repassar tudo isso ao trabalhador. Essa é a preocupação tanto do prefeito quanto da CMTU. No sentido de que a gente possa manter um serviço bom, que as pessoas possam se deslocar, e sempre dentro daquilo que é melhor e possível. Se formos comparar com outras cidades, estamos bem à frente", afirmou.
Subsídio
Cortez também disse na coletiva de imprensa que o subsídio de R$ 41 milhões, pedido pelas empresas de transporte coletivo de Londrina para cobrir perdas acumulas (valor somado aos R$ 25 milhões já enviados pela prefeitura), não foi aprovado pelas contas da CMTU, que admite um valor de cerca de R$ 12 milhões.
O presidente da companhia disse, ainda, que a prefeitura está fazendo outras contas para dar um veredito sobre o montante que será destinado às empresas.
*Sob supervisão de Rafael Fantin