Londrina

Para cadeirantes, Bosque é exemplo de acessibilidade em áreas de lazer

11 mar 2022 às 10:42

A paisagem do Centro Histórico mudou neste início de 2022, com a entrega da reforma do Bosque Central Marechal Rondon. As novas características da área verde, de valor histórico e afetivo para os londrinenses, têm atraído um novo perfil de frequentadores - patinadores, skatistas e ciclistas - que ocupa o renovado e agora colorido pátio central, uma janela de amplitude e ventilação que liga as avenidas São Paulo e Rio de Janeiro entre a Catedral e o Colégio Mãe de Deus.


As linhas mais convidativas que se impuseram na paisagem têm deixado muita gente otimista na análise de antiga peleja urbanística, na qual duelam bem estar e degradação, em um ringue instalado bem no coração da cidade. A FOLHA convidou um casal de cadeirantes para avaliar se esta nova fase pode ser também uma evolução em direção à equidade, aquela ideia na qual cidadãos com as mais diversas características sejam tratados da mesma forma no espaço público.


A reportagem acompanhou a visita ao local de Edilaine Pereira Gonçalves Senne e Elder Raimundo Senne, cadeirantes, aposentados, moradores da Vila Nova (área central) e que aceitaram fazer um experimento no novo projeto. De modo geral, o casal e o filho Pedro, de 21 anos, concordaram na avaliação, exceto no forte odor provocado pelos excrementos dos pombos domésticos e das pombas amargosas, espécies que já venceram todas as tentativas de controle nas últimas décadas.


Para Edilaine, é preciso saber conviver com os pássaros e com suas consequências naturais, enquanto Elder afirma que é preciso caprichar mais na limpeza. De fato, o mau cheiro e a sujeira ainda incomodam, ainda que a prefeitura garanta que todas as manhãs, de segunda a sábado, o lugar é lavado.


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