Um caixão, flores e velas. Os aparatos, que mais lembram um velório, estão sendo utilizados por pacientes e familiares numa manifestação que promete persistir nos próximos dias.
O grupo - a maioria pacientes que necessitam urgentemente de medicamentos para tratamento de doenças graves - está acampado desde ontem de manhã em frente à sede da 17 Regional de Saúde, localizada no Centro de Londrina e garante só abandonar o local quando receber um parecer positivo do Governo do Estado quanto à entrega dos remédios.
Homens de bengalas e idosos que já nem têm condições físicas adequadas para suportar o forte sol se mantiveram firmes durante toda a manhã. O grupo também lembrou a morte de quatro pessoas que tiveram medicamentos suspensos pelo Governo do Estado, entre elas, o londrinense César Jorge Estevan, que faleceu em maio deste ano, vítima de uma hipertensão pulmonar depois de ficar mais de seis meses sem tomar o medicamento indicado para seu tratamento.
O relator da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Londrina, Jorge Custódio Ferreira, que acompanha o grupo, lembrou que uma comissão já estive em Brasília e em Curitiba, apresentando o caso a todas instâncias. ''Estivemos no gabinete de ministros, falamos com o presidente Lula e em Curitiba nem chegamos a ser recebidos. Esse ato é um recurso que encontramos para chamar mais uma vez a atenção do secretário de Saúde.
As pessoas não podem esperar. Não existem irregularidades, todos os medicamentos solicitados são cadastrados na Anvisa e os pacientes passam por triagens, onde constam que eles realmente necessitam desses medicamentos'', disse.
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