Alessandra Alves Pires (27) estava sentada e isolada no canto do Pronto-Atendimento Municipal (PAM). No chão, ela procurava algo para apoiar a cabeça. A auxiliar de enfermagem esperava havia duas horas. "Estou com dor de garganta forte", comentou em entrevista à TV Tarobá. Ela não fora trabalhar.
A presença de Alessandra Pires passava despercebida na sala de espera do PAM, na tarde desta quarta-feira (24). Ela dividia o espaço com pelo menos 60 pessoas que procuravam atendimento médico.
Às 17h30, a balconista chamava a senha 140. Na porta do PAM, Anderson Manoel segurava o papel de número 214. "Estou desde às 16h. Acho que vou esperar mais umas três horas", disse cabisbaixo. O operador de máquinas estava com dores no joelho.
Leia mais:
Mesmo com resultados ruins, Londrina EC vê público crescer no Estádio do Café
Confira o cardápio do Restaurante Popular de Londrina desta quarta-feira
Com entrega prevista para esta terça, reforma do posto de saúde de Irerê tem novo atraso
Aluguel de prédio provisório para UPA do Jardim do Sol será de R$ 79 mil
Para piorar sua situação, o raio-x da unidade está quebrado.
O PAM atende em média 200 pessoas por dia. A superlotação desta quarta, de acordo com a direção da unidade, ocorreu em virtude da sobrecarga dos Hospitais das Zonas Norte e Sul, além da mudança climática repentina.