Orquídea produz 60 flores em Cambé

Um capricho da natureza vem chamando a atenção num pequeno jardim em Cambé (a 13 km a oeste de Londrina). Num discreto vaso de barro de 20 cm, uma orquídea do gênero Cattleya produziu 60 flores no jardim da dona-de-casa Maria Aparecida Moreno, 66 anos. A beleza intrínseca das flores, aliada à dificuldade de sua reprodução, que implica em sua raridade, fizeram das orquídeas de Maria Aparecida jóias do reino vegetal. Uma verdadeira peregrinação de curiosos vêm admirar as orquídeas. Com a perda do sossego, não houve jeito, a não ser colocar cadeado no portão.
Há 23 anos, Maria Aparecida Moreno cultiva orquídeas. 'Mas eu planto do meu jeito', diz, sem cansar de falar da exuberância da planta. Outro fator a destacar é que há três anos a planta não floresce. Seu conhecimento sobre o cultivo das orquídeas vem da prática, desconhecendo os segredos da arte da orquidofilia. Quando lembra, ela usa adubo foliar, e assume a falta de tempo para se dedicar às flores. 'Só abençôo as plantas', diz.
Do seu pequeno jardim, Maria Aparecida desconhece que o mercado interno de orquídeas movimenta R$ 1,3 bilhão. Nas feiras e exposições organizadas por associações de orquidófilos que germinam em todo o Brasil, as flores do tipo Miltonia, Catasetum e Cattleya costumam atrair a atenção dos consumidores. No Brasil, existem 3.500 espécies de orquídeas nativas.
* Leia mais em reportagem de Francelino França na Folha de Londrina desta terça-feira