Morando no jardim Vicente Palotti, na zona leste de Londrina, há cerca de sete anos, o homem – que prefere não ser identificado – já perdeu as contas das dificuldades geradas pelo prédio abandonado que fica no bairro.
“É muita sujeira, o que é perigoso por servir de criadouro para o mosquito da dengue. Têm pessoas que dormem nessas casas, consomem drogas. Traz insegurança, já entraram na minha residência para furtar”, listou. O imóvel serviu no passado como a Casa da Mulher e seria do município, segundo os vizinhos.
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O problema reforça os transtornos gerados pelos mocós na cidade, que estão espalhados até nos bairros, mas com maior quantidade na área central.
Dados contabilizados pela GM (Guarda Municipal) até a primeira quinzena de fevereiro mostram que Londrina tem 59 imóveis considerados em situação de abandono. O número é 110% maior que em 2017, quando um trabalho de fiscalização indicou a existência de 28 prédios nestas condições.
Na época, foram aplicadas sanções e multas em nove casos. Neste ano, a secretaria municipal de Obras e Pavimentação declarou que nos registros a partir das ações de fiscalização da guarda, ainda está atuando na “identificação dos proprietários dos imóveis, cuja responsabilidade se dá na manutenção e conservação da construção”.
A secretaria disse que “serão emitidas notificações requerendo o devido fechamento do imóvel, até que seja destinado ao uso correto”.
Ou seja, mesmo com a regulamentação de fiscalização destes espaçosfeita em decreto municipal em setembro de 2022, a Obras dá entender que nenhum dono de prédio abandonado sofreu sanção.
As informações foram fornecidas à reportagem via Leia de Acesso à Informação. A secretaria municipal de Fazenda afirmou que sua responsabilidade em relação a estes prédios é restrita à tributação. A Defesa Civil interditou sete imóveis por conta dos riscos estruturais.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: