Tempo de viagem reduzido, melhoria da qualidade do ar, baixa emissão de gases de efeito estufa e mais segurança no trânsito para pedestres e passageiros. Estas são algumas das principais vantagens que o sistema BRT (Bus Rapid Transport) oferece à população e às cidades onde ele já funciona, segundo pesquisa divulgada no final de 2013, baseada nas experiências de Bogotá, Cidade do México, Joanesburgo e Istambul, realizada pela Embarq, organização internacional que auxilia governos e empresas no desenvolvimento e implantação de soluções sustentáveis para os problemas de transporte e mobilidade.
No Brasil, o sucesso do sistema BRT também já é reconhecido e tem se tornado cada vez mais em uma referência de meio de transporte coletivo verdadeiramente eficiente. De capitais como Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro a cidades como Uberlândia, Maringá e Cascavel, todos os exemplos são positivos. Caso também das cidades da região do Grande ABC, em São Paulo, onde uma frota de 260 ônibus da Metra (entre trólebus, híbridos e a diesel), circula por um corredor exclusivo com mais de 30 km de extensão e que atendem, aproximadamente, 7,5 milhões de passageiros por mês. Ou cerca de 250 mil pessoas por dia.
Além do conforto que os ônibus da empresa que opera no chamado Corredor ABD oferecem, como janelas com vidro-panorâmico, ar-condicionado, poltronas com encosto para a cabeça, iluminação led e até tomadas internas para os passageiros carregarem celulares, notbooks e outros aparelhos, por eles transitarem em um corredor exclusivo, o tempo de espera dos passageiros nos pontos de ônibus é bem menor se comparado a de ônibus que operam nas linhas que trafegam por vias normais. E a viagem também dura bem menos, por não haver congestionamento durante o percurso.
Estudo realizado pela Metra mostrou que um trajeto de 4,4 km, na linha São Bernardo/Piraporinha, é percorrido em 12 minutos pelos ônibus da Metra. Enquanto que, por outras vias, os carros gastam até 25 minutos fazendo o mesmo percurso. O baixo custo é também outra grande vantagem do sistema BRT. Especialistas apontam que, se comparado a sistemas de veículos leves sobre trilhos, como o Monotrilho, por exemplo, pode custar de 4 a 20 vezes menos. E de 10 a 100 vezes menos que o Metro. Além de também poder ser implantado num espaço de tempo bem menor.
Londrina
A administração do prefeito Alexandre Kireeff (PSD) quer dinheiro do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para implantar um sistema de BRT em Londrina.
Seriam duas linhas exclusivas de ônibus, ligando as regiões leste e oeste através da avenida Leste-Oeste e as zonas norte e sul por meio da avenida Dez de Dezembro e da rodovia Carlos João Strass.
Pelo projeto da prefeitura, as vias iriam receber canaletas de ônibus, com sinalização própria e estações rápidas de embarque e desembarque.
O investimento gira em torno dos R$ 170 milhões.