O procurador regional da República Mário Ferreira Leite ajuizou hoje (14/09) uma ação civil pública contra as distribuidoras e postos de combustíveis de Londrina. O Ministério Público Federal (MPF) acusa as distribuidoras de 'dumping' e os postos de formação de cartel (crime contra a ordem econômica) e concorrência desleal. Em Londrina, o litro de gasolina, custa em média, R$ 1,77. O preço é um dos mais altos do País, segundo os levantamentos divulgados no site da ANP (Agência Nacional de Petróleo).
O Ministério Público Federal vem investigando os postos e distribuidoras desde maio. Segundo informações do procurador, o órgão coletou material e monitorou a situação vivenciada pelos consumidores, constatando que existe disputa ilegal entre as grandes distribuidoras.
São réus na ação cerca de 150 proprietários de postos de combustíveis de Londrina e ainda a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Secretaria de Direito Econômico (SDE), que são acusados de omissão na fiscalização do mercado de combustíveis.
As investigações de irregularidades no setor de combustíveis em Londrina começaram a surgir em agosto quando a Polícia Civil abriu inquérito para apurar as irregularidades. O delegado-operacional Marcio Vinícius Amaro, da 10ª Subdivisão Policial, comprovou a existência de cartel e encaminhou o caso ao Ministério Público. A Folha procurou o presidente do Sindicato de Combustíveis de Londrina e Região (Sindicombustíveis), Valter Sasso, mas ele não foi localizado e também não retornou as ligações da reportagem.
* Leia mais em reportagem de Edna Mendes na Folha de Londrina/Folha do Paraná deste sábado