O Instituto do Câncer de Londrina (ICL) promete reativar, em 10 dias, o equipamento usado para tratamento de câncer de pele. A demora no reparo da máquina, parada há mais de três meses, preocupa os pacientes tanto de Londrina quanto de outras cidades.
O problema começou depois que o Stabilipan, equipamento alemão usado para tratamento de câncer superficial, teve a ampola - que emite as radiações terapêuticas - danificada.
De acordo com o diretor-presidente do ICL, Nuno Ballalai, houve dificuldade de encontrar peças de uma máquina antiga. ''Este equipamento começou a funcionar aqui em 1967. Depois de procurarmos em várias cidades do Brasil, encontramos a ampola em uma clínica particular de São Paulo'', disse Ballalai.
O diretor ressaltou que o Stabilipan continua sendo uma das máquinas mais eficientes para tratar pacientes com câncer de pele. Foram gastos R$ 30 mil para compra da peça de reposição, cuja vida útil pode chegar a 20 anos. Antes de recolocar a ampola, o transformador do equipamento deve passar por uma revisão completa.
A notícia que a máquina pode voltar a funcionar em 10 dias animou os pacientes, mas não diminuiu a preocupação com o atraso no tratamento. Sem poder aguardar o conserto da máquina, o aposentado Braz Batista de Assis, 75 anos, decidiu fazer o tratamento em Maringá. ''Precisei mudar para uma cidade próxima para manter a radioterapia, tanto que nestes últimos três meses já fiz seis sessões. Se o equipamento for arrumado, volto a tratar em Londrina'', disse Assis, por telefone.
A maioria dos atendimentos do hospital é de pacientes carentes, encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São 405 funcionários (entre eles 105 médicos) para atender cerca de mil pacientes por dia, vindos de 117 municípios da região. No ano passado foram registrados 223 mil atendimentos.