Nos últimos dias, a população está sendo bombardeada por uma série de aumentos. De produtos que integram a cesta básica, como arroz e açúcar, até combustíveis e mensalidades escolares, tudo foi reajustado. O pedido feito pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Municipal (Metrolon) junto à Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) para aumentar também a tarifa dos ônibus caiu como uma bomba entre os londrinenses.
Joselina Pereira de Matos foi enfática: ''É um absurdo''. Ela disse que só utiliza o ônibus porque não tem outra opção. ''Já imaginou como vai ficar para uma família em que três pessoas pegam ônibus?'', contabilizou. Alissa Andrean constatou que esse aumento vai pesar também para as empresas, ''onde trabalho a empresa tem 32 funcionários para dar o passe''. Segundo ela, é preciso ''pensar e ver se os aumentos não são abusivos para não prejudicar ninguém''.
O prefeito da cidade Nedson Micheleti (PT), que estava nesta quarta-feira em Brasília, ainda não sabia do pedido de aumento. Mas ponderou em entrevista por telefone: ''É normal as empresas fazerem este pedido. Quando eu chegar em Londrina, vou analisar o ofício e tomar uma posição''.
A primeira reação do presidente da CMTU, Wilson Sella, quando questionado sobre o aumento foi: ''É um absurdo''. Depois, ele complementou dizendo que não poderia ''orientar o prefeito sem antes ter conhecimento da planilha''. Segundo Sella, técnicos da CMTU estão atualizando os dados da planilha em cima da alta do óleo diesel e dos salários e só após isso é que terá uma posição sobre o pedido de aumento da tarifa.
A justificativa das empresas para o pedido de aumento atual é que as altas no óleo diesel, nas peças automotivas, pneus e salários deixaram defasada a tarifa atual de R$ 1,15. O gerente da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), Gildamo Mendonça, destacou que só os aumentos no diesel e no salário dos funcionários - reajustado em 7% em junho deste ano - somaram uma perda de R$ 3,5 milhões para a empresa nos últimos 16 meses. A Folha não conseguiu falar com a empresa Francovig porque o diretor, Francisco Francovig, estava viajando.
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