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Londrina vive ano mais seco de sua história, apresenta agrometeorologista

Isabella Alonso Panho* - estagiária
05 nov 2020 às 09:07

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- Marcos Zanutto/Arquivo Folha
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Com os índices de chuva muito abaixo das médias históricas, Londrina vive o ano mais seco de todos. Segundo os registros do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), até o final do mês de outubro, havia chovido 750 mm na região. O recorde de ano mais seco foi registrado em 1984, quando até o final do 10º mês, o acumulado da cidade era de 884 mm.


Em outubro de 2020, as precipitações ficaram em 40% do esperado: foram 61 mm de chuva, quando a média registrada no instituto é de 152 mm.

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Há uma tendência decrescente na quantidade de chuvas. Como se observa a partir do gráfico abaixo, confeccionado pela pesquisadora e agrometeorologista Heverly Morais, do Iapar, a partir de dados do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) e do IDR/PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), em 2019 as chuvas já estavam aquém do esperado, tendência que apenas se agravou em 2020:

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Heverly Morais/Iapar
Heverly Morais/Iapar


Vale ressaltar que a estiagem não é uma exclusividade da região de Londrina. Como noticiado pelo Bonde, todo o Paraná está atravessando um período bastante seco, com escassez de chuvas.

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Segundo a agrometeorologista, "é difícil ter apenas uma explicação, porque há uma conjunção de fatores acontecendo ao mesmo tempo". Todavia, nos últimos anos o Paraná tem sofrido a influência dos fenômenos El Niño e La Niña, alternados com períodos de neutralidade. Tais variações são responsáveis tanto por chuvas abaixo da média quanto por precipitações concentradas em um curto período de tempo - como aconteceu em agosto deste ano, que concentrou todas as chuvas do mês em seis dias seguidos.


A tendência é de que a seca continue até o término do La Niña, previsto para março de 2021, se estendendo durante todo o verão. Contudo, Heverly alerta que "os fatores climáticos se alteram a todo momento, porque a atmosfera é dinâmica". A previsão, assim, é sempre uma tendência que pode se alterar em virtude dos fatores climáticos, que estão em constante mudança.

*Sob supervisão de Fernanda Circhia.


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