Apesar das campanhas para redução da velocidade nas vias de Londrina e da campanha Pé na Faixa, o número de mortes no trânsito urbano de Londrina em março foi assustador, tanto quanto o de fevereiro deste ano, quando oito morreram.
Em março, dez pessoas perderam a vida: quatro foram atropeladas e três eram motociclistas que perderam o controle do veículo. Também houve o caso em que o condutor de um carro perdeu a direção e invadiu a sede de uma empresa na Avenida Dez de Dezembro.
Em outro acidente, houve uma colisão entre um caminhão e um carro, conduzido por um advogado de 29 anos, que faleceu. O outro acidente com vítima em óbito foi uma colisão entre um VW Golf e uma motocicleta na Serra do Pirineus. O condutor da moto, de 23 anos, morreu.
A Companhia de Trânsito de Londrina ainda não fechou os dados do mês de março, mas o comandante, tenente Ricardo Eguedes, já percebeu que houve aumento do número de mortes. "Houve sim um aumento do número de mortes", afirmou ao Portal Bonde nesta manhã, ao ser questionado sobre o número de óbitos apurado pela reportagem.
Para ele, o que mais chamou atenção neste mês foi atropelamento de idosos: as pessoas que morreram tinham idade de 57, 76, 77 e 79 anos. Todos os casos ocorreram no centro de Londrina. "Não quero abrir mão da nossa responsabilidade, mas é preciso afirmar que alguns idosos são vítimas potenciais de um atropelamento", afirmou. "Os idosos já não dispõem mais de sua capacidade física normal; os reflexos estão mais lentos e, muitas vezes, a visão já não os ajuda".
O tenente disse que diante desta constatação pretende traçar ações de interação com a Secretaria do Idoso para conscientizar idosos e famílias acerca do perigo do trânsito.