O Coletivo Mobiliza Londrina e o Movimento dos Artistas de Rua de Londrina (MARL) se uniram para promover um debate intitulado "Pra não dizer que não falei das flores - Resistência ao fascismo e seus representantes", em alusão à música composta por Geraldo Vandré, um dos símbolos da luta contra o regime militar no Brasil. A canção teve a veiculação proibida por vários anos após se tornar um hino de civis e estudantes. O evento, que começa às 19h na próxima quinta-feira (25), em Londrina, está programado para a sede do MARL, na Avenida Duque de Caxias, 3241, entre a avenida Celso Garcia Cid e a rua Pará, no centro da cidade. A entrada é gratuita.
Como sub-temas, serão discutidos ainda o movimento LGBT, o feminismo e a ditadura militar. A discussão contará com a participação da ex-vereadora Elza Correia, militante no setor de direitos humanos; Melissa Campus, que é atriz, produtora cultural e representante local da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e Teresa Mendes, membro do Conselho de Promoção da Igualdade Racial de Londrina. A organização conta com o apoio do Centro de Direitos Humanos, Frente de Esquerda e Secundaristas de Londrina.
Para o conselheiro do Mobiliza Londrina Diego Sanches, "a cidade está carente de figuras progressistas em todas as áreas da sociedade. Não temos nenhum representante na Câmara". O evento na sede do MARL ocorrerá simultaneamente à palestra do deputado federal Jair Bolsonaro em um hotel da PR-445. Ele desembarca às 13h no aeroporto Governador José Richa com o filho e também deputado federal Eduardo Bolsonaro. A vinda de Bolsonaro à Londrina é promovida pelo vereador Filipe Barros (PRB).
"A intenção é fazer um contraponto, fornecer uma visão contrária ao conservadorismo, que vem crescendo e ganhando cada vez mais adeptos. Porém, queremos fugir do estereótipo 'anti-Bolsonaro'. Essa associação é incorreta", afirmou Sanches.