Londrina responde sozinha por cerca de 12% das suspensões diretas de carteiras de habilitação registradas no Paraná de outubro de 1998 a junho de 2001. A suspensão direta é a proibição legal para dirigir, causada por falta gravíssima, sem que seja necessário que o motorista atinja a marca de 20 pontos perdidos na carteira.
Desde que o novo Código de Trânsito Brasileiro entrou em vigor, em outubro de 1998 até junho deste ano, o Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná registrou 33.514 suspensões diretas e 13.221 suspensões por 20 pontos. Em Londrina, o número chegou a 4.117 suspensões diretas e 630 por pontuação.
Segundo o supervisor da área de habilitação da 12ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Londrina, Kenji Miyazaki, o londrinense se considera bom motorista. 'Para ele, é sempre o trânsito que está ruim, os outros que estão errados. A culpa (de acidentes) nunca é de sua própria imprudência. A autoconfiança em suas habilidades faz com que a pessoa se arrisque mais. O motorista inseguro é mais cauteloso e dificilmente comete infrações', completa.
Em todo o Estado, as principais infrações que causaram a suspensões diretas estão, em sua maioria, diretamente ligadas aos motociclistas, umas das mais freqüentes vítimas de acidentes de trânsito.
Por ordem de incidência, as quatros principais infrações que ocasionam a suspensão direta são falta do capacete; manobras perigosas e excesso de velocidade. Já a suspensão por pontuação é ocasionada, principalmente, por estacionar o veículo em desacordo com a sinalização, excesso de velocidade e avanço do sinal vermelho.
* Leia mais em reportagem de Telma Elorza na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta sexta-feira