O Procon-LD (Núcleo de proteção e Defesa do Consumidor em Londrina) solicitou esclarecimentos por parte da Sanepar sobre a qualidade da água distribuída à população nos últimos dias. Segundo o núcleo, a notificação foi enviada nesta terça-feira (19) e a concessionária tem um prazo de 48 horas - a partir do recebimento - para fornecer os relatórios e demais informações, com a possibilidade de sanções e multas em caso de descumprimento. Por meio da assessoria, a Sanepar informou que ainda não foi notificada e reiterou que a água é própria para consumo.
As reclamações de moradores de Cambé e Londrina começaram na última terça-feira (12), quando relataram um gosto ruim e um cheiro forte na água distribuída pela Sanepar. A concessionária garantiu que o problema seria gradativamente resolvido até o fim de semana. Na segunda-feira (18), no entanto, moradores da zona sul e oeste da cidade relataram que o cheiro e o gosto permaneceram ruins e que a opção vem sendo a compra de galões de água mineral para beber e cozinhar.
Thiago Mota Romero, diretor executivo do Procon-LD, explicou que a notificação cobra o esclarecimento de dois pontos. O primeiro é se houver, de fato, uma alteração na água, quando isso aconteceu, quais foram as regiões afetadas e quais foram os produtos químicos utilizados para tentar reverter a situação. O segundo ponto, segundo o diretor, é se a água fornecida à população se enquadra nos padrões de qualidade para consumo humano.
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''Em caso positivo [para a potabilidade da água], [a Sanepar deve] apresentar provas que corroborem o atendimento das premissas exigidas pelo Ministério da Saúde, como, por exemplo, relatórios, laudos técnicos, entre outros documentos que possam demonstrar que essa água é potável e que essa água é própria para consumo humano'', pontua.
Romero afirmou que, a partir do recebimento da notificação, foi estipulado um prazo de 48 horas para que a Sanepar apresente uma resposta ao órgão de proteção ao consumidor, assim como a documentação.