O espaço que serviria para fomentar a cultura de Londrina e abrigar os grandes espetáculos hoje faz parte da paisagem da zona leste da cidade como símbolo do abandono. O esqueleto de concreto do que era para ser o teatro municipal completa nos próximos meses nove anos sem nenhum tipo de intervenção pública para andamento da obra, que parou em 2014. Desde então, as únicas mudanças foram na condição da estrutura, que está totalmente vandalizada e pode ser acessada por qualquer pessoa.
Um local que se tornou alvo de preocupação por conta da insegurança. “Todo o dia é um entra e sai de pessoas em situação de rua, de gente que vem pichar o que ainda consegue. A noite não arrisco passar perto deste ‘elefante branco”, comentou uma mulher que trabalha próxima ao terreno, mas que preferiu não ser identificada. A FOLHA esteve no lugar e constatou muito lixo e sinais de que pessoas estão dormindo no que foi edificado.
Em 2007, um concurso nacional foi realizado para contratar o projeto do teatro. A proposta escolhida previa 22 mil metros quadrados de infraestrutura, com um auditório principal para aproximadamente 2.400 pessoas e uma “caixa preta” com mais 700 lugares. O total estimado para construção era de R$ 80 milhões.
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A empreiteira responsável fez apenas a primeira parte, com custo de R$ 8,5 milhões, porém, abandonou os trabalhos com 10% de execução – como terraplanagem e infraestrutura de base das fundações - alegando a falta de quitação do valor devido de duas parcelas por parte do Ministério da Cultura.
Há quase seis anos, a prefeitura anunciou que o ministério havia liberado a segunda parcela, de R$ 2,6 milhões, e em 2019 o município divulgou que estavam acontecendo articulações do deputado Filipe Barros junto ao Governo Federal para tentar retomar a obra. Na época, o então secretário de Infraestrutura Cultural do Ministério da Cidadania visitou in loco a estrutura inacabada.
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