A Polícia Civil começou a analisar o conteúdo do prontuário do atendimento de Nycolas Ronald Dias, que tinha 22 anos, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na zona oeste de Londrina. O jovem morreu dentro da unidade no último dia 23 de outubro. O delegado responsável pelo caso também solicitou os registros do socorro prestado ao rapaz em abril, quando deu entrada na Santa Casa com pneumotórax (presença de ar livre na membrana interna do tórax).
A Polícia Científica, que dispõe de médicos, deverá prestar apoio na verificação dos documentos. “São especialistas com conhecimento na área médica. São peritos que vão poder avaliar a conduta de outros profissionais. Por isso, entendemos que é necessária essa avaliação”, destacou o delegado Bruno Trento, titular do 5º Distrito Policial, com sede na região norte.
O inquérito foi instaurado depois que a família de Nycolas registrou BO (Boletim de Ocorrência). “O inquérito apura eventual negligência médica”, frisou. O jovem, que era barbeiro e morava na zona leste, procurou a UPA, inicialmente, no dia 22 de outubro. Segundo os parentes, ele apresentava forte tosse, incluindo com sangue. Teria sido liberado com diagnóstico de ansiedade.
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No outro dia o estado de saúde piorou e ele retornou na hora do almoço. Em entrevista à FOLHA após o episódio, a irmã dele relatou que o jovem fez exame de raio-x, porém, a equipe médica teria dito que “ele não tinha nada e o liberaram”. No entanto, no momento de ir embora o rapaz teria sido chamado para retornar, sendo informado que apresentava água no pulmão. Nycolas faleceu no final da tarde.
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