O Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, ofereceu, na última semana, denúncia contra cinco pessoas, entre elas dois funcionários públicos municipais, por corrupção passiva e crime de associação criminosa.
De acordo com o Gaeco, os denunciados, por meio do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), favoreceram, em troca de dinheiro, empresas que pretendiam ser beneficiadas com doações de terrenos públicos por parte do Poder Executivo.
"Os denunciados foram estabelecendo ao longo do tempo, ainda que de maneira tácita e rudimentar, metodologia para a consecução das corrupções pretendidas, ajustando entre si que cada qual teria uma atividade específica dentro da associação criminosa", descrevem, na denúncia, os promotores de Justiça Cláudio Rubino Zuan Esteves e Jorge Fernando Barreto da Costa.
Segundo a denúncia, o servidor Eduardo Reali, o empresário Dorival Pereira e a suposta corretora, Eliana Zamboni, iniciaram esquema em setembro de 2013 para cobrar propina dos empresários beneficiadas com doação de terrenos públicos. No entanto, de acordo com MP, cobranças já eram realizadas pelo menos desde 2011, quando o servidor José Hilário recebeu R$ 2,4 mil, dividido em oito vezes, para facilitar a doação de um terreno para uma empresa.
A denúncia relata seis casos de corrupção passiva com pagamentos de propinas que variam entre R$ 2 mil e R$ 10 mil.