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Após demissão de estágio

Londrina: estudante é suspenso de universidade por vídeo racista

Rafael Machado - Grupo Folha
30 out 2018 às 10:59

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- Reprodução
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O escritório de advocacia DDSA, localizado em São Paulo (SP), demitiu nesta segunda-feira (29) um estudante de Direito após a divulgação de um vídeo nas redes sociais em que ele aparece ofendendo negros no dia da votação do segundo turno. Trajando uma camiseta com a foto do novo presidente da República, Pedro Bellintani Baleotti, que fez a gravação em Londrina, diz: "indo votar... com arma, faca, pistola e o diabo. Louco pra ver um vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo. Ó (vira o celular para um motociclista que está na sua frente), tá vendo essa negraiada aí? Vai morrer, vai morrer! Aqui é capitão!", encerra a filmagem com um palavrão.


A reportagem não conseguiu contato com o estudante para ouvir a sua defesa, pois ele excluiu todas as redes sociais após a divulgação do vídeo, que sofreu restrições no Facebook por causa do conteúdo.

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Em nota divulgada em sua página oficial, o escritório confirmou a demissão do rapaz de 25 anos. A direção do estabelecimento ponderou que "tomou conhecimento, na tarde de hoje (segunda-feira), de vídeo que circula nas redes sociais com declarações efetuadas por acadêmico de Direito que fazia estágio no escritório e imediatamente o desligou de seus quadros. O escritório repudia veementemente qualquer manifestação que viole direitos e garantias estabelecidos pela Constituição Federal".

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Em nota, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, localizada na capital paulista, informou que instaurou processo disciplinar e suspendeu, preventivamente, o aluno das atividades acadêmicas. "Tais opiniões e atitudes são veementemente repudiadas por nossa Instituição que, de imediato, instaurou processo disciplinar, aplicando preventivamente a suspensão do discente das atividades acadêmicas. Iniciou, paralelamente, sindicância para apuração e aplicação das sanções cabíveis, conforme dispõe o Código de Decoro Acadêmico da Universidade."

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O Coletivo Negro Afromack, grupo que representa negros da unidade acadêmica, também se manifestou nas redes sociais. O coletivo afirma que "o discurso desse aluno representa perigo a nós, alunos negros do Mackenzie, mas não somente a nós, representa perigo a todo e qualquer negro. É nítido o racismo e a repulsa que esse aluno sente de nós, negros, visto que o mesmo se refere a nós como "negraiada".


Um protesto está marcado para a noite desta terça-feira (30), às 19h, na frente a universidade.

"É preciso abrir os olhos pois nossa liberdade fundamental de vida está sendo ainda mais colocada em jogo com tais atitudes. Hoje é uma fala, amanhã pode ser um de nós mortos. Jamais nos esqueçamos de Marielle Franco. Nós estaremos do lado da vida, da luta por direitos e de uma sociedade antirracista", acrescenta a nota. (Atualizada às 13h57)


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