Cerca de 30 moradores da região sul de Londrina fizeram um protesto pacífico na manhã deste sábado (10) contra a paralisação das obras de duplicação da PR-445. A construtora responsável pelo procedimento suspendeu o serviço no início deste ano após ficar meses sem receber do Governo do Estado. Com narizes de palhaço e faixas, os manifestantes pediram a retomada do procedimento e, principalmente, a colocação da sinalização em trecho da rodovia localizado entre o conjunto Jamile Dequech e a avenida Dez de Dezembro.
A falta de placas e pintura viária estaria causando a ocorrência de diversos acidentes no local. Alguns manifestantes, mais exaltados, ameaçaram ocupar o viaduto que está sendo construído no cruzamento da PR-445 com a chamada Via Expressa. A estrutura em questão é a principal motivadora de problemas aos moradores. "O viaduto divide bairros que dependem um do outro", explicou a vereadora Lenir de Assis (PT), também presente no protesto deste sábado.
De acordo com ela, alguns motoristas e motociclistas já estão utilizando o viaduto para o tráfego entre os bairros. "Eles tiraram as estruturas de proteção e estão passando por baixo da viaduto. Sem o acompanhamento do poder público, a situação é de total insegurança", argumentou a parlamentar.
Sofrem com os problemas moradores dos bairros Ouro Branco, das Flores, Acapulco, Tarobá, Saltinho, Parque das Indústrias, Jamile Dequech e Vivendas do Arvoredo, além dos conjuntos Cafezal I, II, III e IV. "O pessoal do Saltinho, por exemplo, está 'ilhado' pelas obras duplicação", exemplificou Lenir.
Os moradores pretendem realizar manifestações semanais, sempre aos sábados de manhã, com o objetivo de chamar a atenção das autoridades competentes. A Câmara Municipal de Londrina, representada por Lenir e pelo vereador Roberto Fu (PDT), deve entrar em contato com deputados para expor os problemas. Os parlamentares também podem ir a Curitiba se reunir com secretários e com o próprio governador Beto Richa (PSDB) para pedir pela retomada das obras.