Londrina foi um dos destaques da edição desta semana da revista Veja. Na maior reportagem da edição, um especial de 47 páginas, é avaliado o desenvolvimento de cidades de médio porte do Brasil - aquelas que possuem de 100 mil a 500 mil habitantes - que, conforme avaliação da revista, crescem mais do que as grandes metrópoles, com qualidade de vida superior e participação relevante na economia nacional.
A Veja classifica Londrina como a mais nova metrópole brasileira, já que o município ultrapassou, no ano passado, a barreira dos 500 mil moradores (a estimativa é que o número tenha chegado a 510 mil), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A revista avalia que Londrina é "referência às 233 cidades médias que aspiram à sua inclusão entre as metrópoles do futuro".
A reportagem intitulada "A Força das Cidades Médias" embasa a afirmação com demonstrações estatísticas de efetivo planejamento urbano, que existe de maneira perene no território londrinense, tanto em tempos passados como na atualidade, sempre visando ao futuro.
A formação da malha urbana, por meio de quadriláteros, o represamento do Ribeirão Cambezinho, que deu forma ao Lago Igapó, e o estabelecimento recente de áreas urbanas específicas para a expansão da cidade, como a Gleba Palhano, com planejamento prévio do desenvolvimento infraestrutural, confirmam a tese. São ressaltados também números positivos da cidade, com relação à geração de empregos, renda, educação e saúde, itens nos quais Londrina é a melhor colocada em todo o Paraná.
Em uma das suítes da matéria, a Filha de Londres é pontuada como um dos "5 exemplos a ser seguidos" pelos municípios de médio porte que pretendem ser alçados à condição de metrópole, ao lado das mineiras Juiz de Fora e Uberlândia, e das paulistas Ribeirão Preto e Sorocaba.
Conforme a revista, a grande lição de Londrina às outras cidades brasileiras está justamente no crescimento planejado, por estipular as regiões onde ocorrerá a expansão e evitar o alastre desordenado do perímetro urbano, que traz consigo, como consequência, os chamados bolsões de miséria.
Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Kentaro Takahara, além do crescimento planejado, Londrina conta com economia sólida e equilibrada, tendo todos os setores (indústria, comércio, agropecuária e prestação de serviços) representados com percentual semelhante na movimentação econômica. "Não somos dependentes de apenas um setor, ou produto", ressaltou. Takahara salientou a boa formação dos cidadãos locais, especialmente no ensino superior, em que cerca de 35 mil novos profissionais são formados anualmente.
Além de Londrina, Cascavel recebeu página inteira, destacando seu perfil empresarial. Outros municípios paranaenses, como Maringá, Araucária, Pinhais, Paranaguá, São José dos Pinhais e Toledo são nomeados em diversos rankings de evolução do PIB, em ramos como Saúde, Educação, Indústria, Comércio e Infraestrutura.