O coração é novo, assim como os sentimentos. O que antes era apreensão, hoje é gratidão e alegria. Após quatro meses de internamento, incluindo a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), Augusto Borges Teixeira, de nove anos, enfim foi para casa.
Morador da zona leste de Londrina, o garoto ganhou alta nesta segunda-feira (6) do Hospital Infantil depois de receber um transplante de coração. “(O coração) está batendo bem, bastante, um coração normal”, define.
A criança nasceu com miocardiopatia dilatada, doença diagnosticada ainda na gravidez. “É uma condição na qual a função do coração fica bastante diminuída”, explica o cardiologista Luiz Takeshi Nagahashi. Aos três meses de vida Augusto passou por um procedimento cirúrgico. Foi neste ano que o estado de saúde voltou a preocupar.
“Ele passou a ter uma piora na função do coração. Inicialmente foi proposto tratamento com remédios, mas devido à gravidade, foi indicado o transplante”, explica.
Foram 70 dias aguardando o sonhando transplante, que aconteceu em 15 de setembro. “Ele estava totalmente dependente de drogas, tanto é que foi priorizado na fila de transplante. O primeiro órgão compatível na fila foi dele. Era uma condição em que (sem o transplante) poderia acontecer o pior.
O intervalo entre retirar o coração e transplantar no Augusto foi de três horas”, detalha o especialista, responsável pelo procedimento. O doador foi do Paraná.
Para o sonoplasta Cristiano Teixeira, pai do menino, o período entre a cirurgia ser indicada e o coração compatível aparecer foi desafiador. “Foi algo muito pesado. Era um assunto que não tínhamos comentado em família. Foi um processo longo de tratamento até surgir um doador. Foi uma montanha-russa de emoções, mas hoje nosso choro é de alegria”, emociona-se.
“Ele chegou no hospital com 18% de funcionamento no coração, ou seja, quase parando. Foi um baque”, relembra.
PAZ E CONFIANÇA
Já a notícia da chegada do órgão, que foi trazido de helicóptero, numa verdadeira operação contra o tempo, renovou as esperanças da família.
“No dia eu sai correndo para gravar e agradecia muito a Deus. Senti uma paz tão grande. O pessoal do hospital a todo momento vinha falar que estava tudo bem no centro cirúrgico. Sabia que ia dar certo, porque Deus não faz a obra pela metade”, destaca a funcionária pública Seila Elizabeth Borges, mãe de Augusto.
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