Nesta semana, nas fachadas de alguns prédios do centro da cidade, os londrinenses se depararam com a projeção #JusticaPorPretaMar. No calçadão, mais de 50 cartazes foram afixados em diversos pontos com o mesmo apelo. A hashtag tem ganhado força nas redes sociais nos últimos dias depois que prints de comentários violentos começaram a circular na internet em referência a um crime ocorrido há oito anos, mas que até agora segue sem punição.
A Preta Mar das projeções é Marina Maria, 22, que em 2013, aos 15 anos de idade, foi alvo de sete rapazes que a estupraram coletivamente durante uma festa em Londrina. Era a primeira festa da adolescência de Marina e o evento deixou profundas sequelas físicas e psicológicas que até hoje ela se esforça para superar.
Marina nunca havia falado publicamente sobre o episódio, mas quando soube que era chamada de mentirosa, ficou muito mal e decidiu postar em seu perfil no Instagram prints de conversas que comprovavam a veracidade da sua história junto com um texto no qual fazia um desabafo. Mesmo tento o cuidado de cobrir com uma tarja o nome do autor das mensagens, seguidores curiosos resgataram no Twitter postagens que tratavam do caso com violência e agressividade. "São tão banalizadas as nossas vidas enquanto mulheres, acham tanto que vão ficar impunes, que até o ano de 2020 estavam lá esses tuítes criminosos, gordofóbicos, racistas e misóginos”, relatou Marina.
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Entenda mais sobre o caso na Folha de Londrina.