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Na segunda-feira

Londrina: audiência pública discute aumento da Aids em jovens

Assessoria de Imprensa
13 ago 2017 às 10:06

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A Comissão de Seguridade Social da Câmara de Vereadores de Londrina e a Comissão Municipal de Prevenção e Controle de DST/HIV/AIDS (Comuniaids) do Conselho Municipal de Saúde coordenam na próxima segunda-feira (14), às 19 horas, audiência pública sobre um problema que voltou a se intensificar nos últimos anos: os casos de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) entre adolescentes e jovens. O debate será realizado na sala de sessões do Legislativo e abordará as políticas públicas de prevenção e assistência aos doentes.

Segundo dados do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Secretaria Municipal de Saúde, em 2016 foram diagnosticados no município 101 casos de HIV positivo, sendo 92 masculinos e 9 femininos. O maior número de casos foi na faixa etária de 13 a 39 anos. Já em 2017, de janeiro até o dia 7 deste mês, foram constatados 81 novos casos, sendo 49 deles na faixa etária dos 20 aos 29 anos, totalizando um percentual de 55,71 %.

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No Brasil os dados são igualmente preocupantes. De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV-AIDS - 2016 do Ministério da Saúde, os casos de infecção pelo HIV entre os anos de 2007 e 2016 concentraram-se na faixa etária de 20 a 34 anos (52,3%). O documento destaca o aumento de casos em adolescentes e jovens até 24 anos: de 2006 para 2015 a taxa entre aqueles com 15 a 19 anos mais que triplicou (de 2,4 para 6,9 casos/100 mil habitantes) e, entre os jovens de 20 a 24 anos, dobrou (de 15,9 para 33,1 casos/100 mil habitantes).

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Falta informação - Para a coordenadora da Comuniaids, Argéria Maria Serraglio Narciso, entre as causas do aumento expressivo do número de infecções por HIV/Aids em adolescentes e jovens adultos estão a falta de informação sobre a importância do uso de preservativo e o desconhecimento dos efeitos da AIDS, que ataca o sistema imunológico e torna o organismo mais vulnerável, por exemplo, a infecções.

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"A população jovem que não viveu antes da terapia antirretroviral (coquetel) acaba por negligenciar a prevenção, por desconhecer o impacto que a doença provoca na vida das pessoas, e por vezes não adota práticas seguras. Precisamos mostrar que viver com Aids não é fácil, há uma mudança substancial na família, no trabalho, na sociedade em geral, pois além do uso das medicações contínuas e de seus efeitos colaterais, há o risco de desenvolver comorbidades, como problemas cardíacos, diabetes e outras doenças", explica a assistente social.


Prevenção - Argéria lembra que uma das propostas de enfrentamento que serão discutidas durante a audiência pública está o resgate à prevenção, não só no âmbito individual, mas como política pública de governo. "Temos que debater sobre a prevenção no Brasil, no Estado e no Município, sobre a capacidade dos serviços para atendimento e o que podemos fazer para ampliar a prevenção das diferentes infecções sexualmente transmissíveis, além de melhorar as ações de assistência às pessoas vivendo com HIV e AIDS".


O problema começou a ser discutido na Câmara Municipal em maio deste ano, quando profissionais que atuam no Comuniaids e outros setores da saúde participaram de uma sessão ordinária, a convite do vereador João Martins (PSL), presidente da Comissão de Seguridade Social. "Naquela ocasião percebemos a necessidade de discutir mais profundamente este tema, que é muito preocupante. Infelizmente, algumas doenças que estavam melhor controladas, que praticamente não se falava mais, estão voltando. É preciso conscientizar o maior número possível de pessoas e reivindicar políticas públicas mais efetivas, inclusive com melhor estrutura de atendimento", afirma o vereador.

O debate na Câmara de Vereadores será aberto à participação da população, com transmissão online por meio do site www.cml.pr.gov.br. Entre os participantes estarão o coordenador das ações de prevenção e articulação social no Departamento de IST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Gil Casimiro; o chefe de Divisão de Vigilância Sanitária da 17ª Regional de Saúde de Londrina, José Carlos Moraes; o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado; o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Cícero Cipriano Pinto; e o representante da Associação Londrinense Interdicisplinar de Aids (Alia), Paulo Wesley Faccio, além de Argéria Narciso.


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