Ainda enfrentando a dor e a tristeza do luto, alunos do CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) João Rampazzo e da escola municipal Francisco Aquino Toledo, no distrito de São Luiz, na região sul Londrina, retomarão as aulas nesta segunda-feira (18). Os estudantes conheciam e conviviam com as irmãs Kelly Gonçalves Máximo Silva, de seis anos, e Kemilly Gonçalves Silva, de 11 anos, e os gêmeos Adrian e Vinicius Moraes Bueno, de sete anos.
As crianças morreram na última quinta-feira (14) após serem atropeladas por uma Kombi na PR-538. Elas voltavam da aula para casa. Na sexta-feira (15), as unidades escolares não funcionaram. Segundo a secretária municipal de Educação, a equipe de psicólogos e professores mediadores da pasta vão acompanhar os alunos até quando avaliarem necessário.
“Uma tragédia muito grande. As crianças vão sentir falta, vão falar sobre o assunto. Temos protocolos para trabalhar o luto quando isso acontece. Então, a equipe vai para avaliar. Não é algo trivial, não podemos agir como se nada tivesse acontecido. Temos que deixar tudo menos traumático”, destacou Maria Tereza Paschoal de Moraes. Desde quinta as mediadoras já têm acompanhado a realidade da creche e da escola. O programa Professor Mediador existe no município há quatro anos.
Leia mais:
Comércio de Londrina abre nesta sexta e vai fechar no dia 20 de novembro
Cerca de 40 mil passageiros devem passar pelo aeroporto e rodoviária de Londrina neste ''feriadão''
Em Londrina, escoteiros promovem campanha de doação de ração e produtos pet
Folha de Londrina completa 76 anos de história; relembre a trajetória
Os professores e os demais servidores das duas unidades também deverão receber suporte psicológico. Algumas professoras que participavam do dia a dia das vítimas passaram mal durante o velório. “A secretaria municipal de Recursos Humanos vai colocar uma equipe da saúde mental para cuidar dos professores”, garantiu.
Kelly estudava no CMEI, enquanto que Kemilly, Adrian e Vinicius frequentavam a escola, que fica na mesma rua. “Uma situação trágica que estamos passando e que não vai fugir da nossa cabeça. Uma tragédia que abalou todo o distrito e várias comunidades. Vamos ter que fazer uma preparação (na creche) para tentar criar uma situação que não seja de lembranças (tristes)”, lamentou a diretora da creche, Edna Fonseca.