Londrina

Laudo do IAP mostra que Igapó continua poluído

18 nov 2002 às 19:30

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) divulgou nesta segunda-feira os dados de mais uma análise da água do Lago Igapó, em Londrina, que apontam para a conclusão já esperada: o espaço, um dos cartões postais da cidade, segue impróprio para banho. O estudo foi feito a partir de cinco coletas de água, realizadas em dias diferentes nos meses de outubro e novembro, em cinco pontos-chave do lago - a barragem, o teatro do lago, a ponte da Avenida Higienópolis, a região do Corpo de Bombeiros e a ponte do barquinho.

Segundo Gelsy Gonçalves, bioquímica do IAP, três destes pontos se mostraram impróprios para banho devido a contaminação e os outros dois devido ao pH da água. ''O máximo permitido de coliformes fecais é de 1 mil por 100 mL. E, segundo determinação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o pH da água deve estar entre 6 e 9'', explica a cientista.


Na amostragem colhida no último dia 11, a água da região da barragem apresentou pH 9,10 e 50 coliformes fecais por 100 mL. No teatro do lago, o pH encontrado também foi de 9,10, enquanto os coliformes eram 130 para cada 100 mL. Nos outros três pontos, o problema se inverteu na ponte da Higienópolis, o pH apresentado foi 8,20, mas os coliformes fecais eram 9 mil em cada 100 mL, nove vezes acima da quantia tolerada.


Na região do Corpo de Bombeiros, a água tinha pH 8,80 e 11 mil coliformes fecais por 100 mL, enquanto a ponte do parquinho apresentou o maior índice de contaminação, 16 mil coliformes em 100 mL, com pH 7,20. Segundo Gelsy, o estudo que conclui se a água é própria para banho ou não é feita a partir de uma comparação entre as cinco amostras colhidas. No total, 80% das amostragens (quatro em cada cinco) têm que apresentar coliformes fecais até 1 mil por 100 mL e pH entre 6 e 9 para determinada região do lago ser considerada adequada. Na média, os resultados totais não diferiram muito dos dados colhidos no dia 11.

* Leia mais na edição desta terça-feira na Folha de Londrina


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