Uma força-tarefa, formada por agentes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), guardas municipais, funcionários da Secretaria do Ambiente e técnicos da Defesa Civil foi montada para acompanhar e monitorar os pontos mais críticos prejudicados pela chuva contínua, que cai sobre Londrina desde a noite de segunda-feira (19).
A prefeitura vai aguardar um prazo de 24 horas, até o final da tarde de quarta-feira (20), para decidir se decreta estado de emergência no município.
De acordo com o diretor de Trânsito da CMTU, Wilson de Jesus, o lago Igapó transbordou em diversos pontos da cidade. "Foi por isso que interditamos a rua Almeida Garret, que fica nas proximidades da barragem do lago I. O espaço está no limite e todo cuidado é pouco", destacou.
Trechos do lago que passam pelas rotatórias da rua Bento Munhoz da Rocha Neto e da avenida Ayrton Senna, na área central da cidade, também já invadiram ruas e calçadas. A pista de caminhada do lago Igapó I, por exemplo, está submersa.
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O diretor da CMTU também listou outros pontos que exigem atenção redobrada dos pedestres e motoristas. "Temos a entrada do conjunto Avelino Vieira e do jardim Paraíso, na zona norte, a chácara Três Figueiras, todos os locais próximos a fundos de vale, que têm pontes, as baixadas da avenida Winston Churchill, a avenida Francisco Gabriel Arruda. São pontos que já sofreram com o temporal de outubro do ano passado e, possivelmente, ficarão submersos agora. O motorista precisa ficar atento, desviar dos alagamentos e evitar acidentes", ressaltou.
O inspetor Ricardo, da Guarda Municipal, disse que não foram registradas ocorrências graves. "Estamos monitorando os pontos mais críticos, junto com a Defesa Civil, e, assim, conseguindo evitar os acidentes. Várias vias estão fechadas e pedimos a paciência do londrinense", destacou.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos 30 ocorrências foram atendidas até o início da noite desta terça-feira. Foram alagamentos, rachaduras e fissuras, quedas de muros e árvores, infiltrações e até problemas em fossas.
Diversas casas do conjunto União da Vitória foram invadidas pela água. No centro, as chuvas racharam o estacionamento de uma agência bancária. Muitas árvores caíram em diversas regiões da cidade. Apesar do grande número de casos, de acordo com os bombeiros, ninguém ficou ferido.
Desde a tarde de segunda-feira até às 18h30 de hoje, choveu 168 mm, acima da média histórica de 96 mm, em junho, registrada na cidade. As chuvas devem prosseguir até quinta-feira (21). O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) informou que a precipitação pode ultrapassar a marca de 200 mm nesta terça-feira em Londrina. De acordo com o Simepar, choveu 202 mm, em Maringá, até o final da tarde desta terça.
(Atualizado às 19h50)