A Justiça agendou para o dia 27 de outubro o julgamento no Tribunal do Júri do ex-guarda municipal Fernando Neves, acusado de ser o responsável pela morte do jovem Matheus Evangelista, 18, em março de 2018, em abordagem na zona norte de Londrina. Neves está detido há mais de dois anos e é apontado como o autor do disparo que atingiu o jovem no pescoço, conforme resultado da balística em sua arma. Porém, o fato é rechaçado por sua defesa.
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Conforme apurou a FOLHA, a realização do julgamento é do interesse tanto da defesa de Fernando Neves quanto do advogado que representa a família de Matheus Evangelista. Entretanto, a reportagem não conseguiu apurar com a diretoria do Fórum Criminal se as adequações mínimas na sala, como a abertura de janelas, estão em andamento e ficarão prontas a tempo. Estas mudanças visam reduzir o risco de transmissão da Covid-19 e também já haviam sido exigidas pelo juiz titular da 1ª Vara Criminal, Paulo César Roldão.
As audiências presenciais vêm sendo retomadas gradativamente desde 16 de setembro de modo que o Poder Judiciário está operando na modalidade semipresencial. Conforme determinam os Decretos Judiciários 400 e 401/2020, devem ser priorizadas as audiências cujos réus estão aprisionados, caso de Fernando Neves.
Para o advogado Mário Barbosa, defesa da família do jovem Matheus Evangelista, existem elementos suficientes que comprovam que a atuação do guarda municipal resultou na morte do jovem. "A nossa torcida é para que o júri ocorra e que após o cortejo de todos os elementos probatórios contidos no processo, os jurados sopesem e, no final da sessão, votem para que o guarda municipal seja condenado nos termos pedidos", afirmou.
Embora a juíza Cláudia Andrea Betolla Alves, da 1ª da Vara Criminal de Londrina, tenha considerado que Evangelista foi atingido por um projétil disparado pela arma de Fernando Neves em decisão proferida em outubro de 2019, o advogado Marcelo Camargo, defesa do ex-GM, reafirmou à FOLHA que não tem a menor dúvida de que o disparo fatal não saiu da arma de seu cliente. "Até porque não existe prova de que ele fez nenhum disparo no local do crime. Estamos esperançosos e com a certeza da absolvição dele perante o Tribunal do Júri", avaliou.
Saiba mais detalhes sobre o julgamento marcado para o dia 15 de outubro na Folha de Londrina.